O artigo serve para desmistificar e de certa forma defender um produto único no panorama vínico nacional. É certo que é duma conceção bastante simples, mas a sua arquitetura é precisamente a de fornecer um consumo fácil e que combina na perfeição agora que chegamos ao verão.
O que são vinhos frisantes afinal?
São vinhos leves, jovens, na maioria de baixo teor alcoólico e distiguem-se
dos espumantes em dois aspetos principais:
– Pressão do líquido dentro da garrafa até um máximo de 1,5bar. No espumante a pressão tem que ser no mínimo de 6bar.
– São bebidos jovens. O espumante tem que repousar no mínimo dois a dois anos e meio em garrafa.

Claro que se pode fazer alguma analogia, o que é verdade, com o Lambrusco que se produz em Itália.
Contudo podem também aqui ressalvar-se algumas diferenças. Uma delas começa nas castas que são totalmente diferentes. A outra é o tipo de vinificação que é muito simples. Finalmente, a bolha do frisante português é do meu ponto de vista mais fina que no Lambrusco, o que confere maior sensação de mousse.
Os frisantes constituem uma excelente forma de utilização de uvas mais baixo grau e das provenientes de talhões localizados em zonas mais frescas, logo, que a par de resultarem em menor grau, resultam também em acidez um pouco mais alta, conferindo assim uma maior sensação de frescura.
Gastronomicamente os frisantes são bastante versáteis, podendo combinar e harmonizar em todas as etapas que constituem uma refeição completa, desde a função de aperitivo com uns acepipes, uns salgados e até canapés, passando para refeições simples e sem grandes temperos, exceto por exemplo, o Plexus Tinto da AC Cartaxo, que tem o sabor do vinho bem marcado.
Exemplos de refeições que harmonizam com frisantes: pizzas, pastas italianas, frangos assados, grelhadas de carne e peixe, sardinhas assadas, saladas diversas, pratos gregos, mariscadas diversas e muito, muito mais se consegue combinar com os vinhos frisantes.
Mesmo no fim da refeição com uma sobremesa ligam bem os frisantes, especialmente os rosés. Experimente. Terá grandes surpresas.
Focando a região de Vinhos do Tejo é a melhor do meu ponto de vista para produzir este perfil de vinhos, com imensas zonas frescas, principalmente as denominadas de CAMPO e CHARNECA, e também devido à proximidade com zonas de cursos de água que “enche” mais a uva e lhe confere consequentemente mais baixo teor de açúcar, resultando em menor grau alcoólico.
ALGUNS PRODUTORES DE FRISANTES DO RIBATEJO
Olá viva o que me diz dos vinhos frisantes e espumantes da bairrada , Aldo santos obrigado
São incrivelmente bons! 🙂
Obrigado amigo Jorge Cepriano pelo esclarecimento sobre os vinhos frisantes.
Por favor gostava de saber se os vinhos que no rotolo dizem vinho branco frizante se podem ser servidos como vinho verde branco ou nao? Obrigado.
Não tem nada a ver com vinho verde. O artigo fala da particularidade de vinhos do Tejo frisantes. Para ser vinho verde tem que ser produzido na região correspondente. Cumprimentos.
Sou iniciante em vinhos, estou comprando os mais comuns de bons mercasos, comprei obelisco branco, achas q tem um bom sabo?
Para começar é excelente ! Boa compra de um vinho a um bom preço.
[…] tive ocasião de referir num artigo sobre “Os frisantes dos Vinhos do Tejo” ( clique AQUI para saber mais ), que atualmente constituem dos maiores sucessos deste adega e outras na região. […]
Bom post.
Grato pela apreciação. JC
Algumas informações citadas neste artigo não são corretas, em particular esta: “Pressão do líquido dentro da garrafa até um máximo de 1,5bar. No espumante a pressão tem que ser no mínimo de 6bar.” … por favor consultar os limites legais em: http://www.ivv.min-agricultura.pt/np4/89
Caro Manuel Pinto, refiro-me às características do produto e o objetivo é diferenciar entre vinhos frisantes e espumantes. Cumprimentos. Jorge Cipriano
Vinho frisante >1 e 1 e < 2,5 bar Reg. (CE) nº 491/2009, Anexo III – 9
A prática é fazer frisantes até um máximo 1,5bar, em média.