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A História do Vinho de Talha

A História do Vinho de Talha

Para podermos contar um pouco sobre a História do Vinho de Talha, iremos sempre enverdar por um tema menos consensual quanto a origem e até algumas técnicas de vinificação.

Sandra Alves responsável pelo vinho de talha no Esporão
Sandra Alves responsável pelo vinho de talha no Esporão

Contudo, e particularmente na Região de Vinhos do Alentejo, o Vinho de Talha começa a expandir !

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De onde provém a vinha

O cultivo da vinha é uma marca cultural inegável na longa história do Mediterrâneo.

Enologo da da Herdade do Rocim Pedro Ribeiro
Enólogo da da Herdade do Rocim, Pedro Ribeiro. Daqui saiu o Vinho do Ano para o clube de Vinhos Portugueses provado em 2017

Começa nestas paragens a História do Vinho de Talha. Utensílio este que ainda se conta ser proveniente do Cáucaso.


Ver ainda

A Origem da Videira. Clique AQUI.


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Planta robusta, capaz de se adaptar aos mais diversos solos, já ocupava todo este território quando os povos à sua volta começaram a dedicar-se à agricultura.

A Origem da Videira
Videiras selvagens

De origem selvagem em forma de liana, seduziu muitos cultivadores que nela descobriram, primeiros os frutos, depois os néctares dos deuses.

Domingos Soares Franco na Adega José de Sousa
Domingos Soares Franco na Adega José de Sousa

No mundo antigo, e em particular no império nascido nas margens do Lácio, a vinha e o vinho tornaram-se marcas de civilização, alvo de um comércio intenso, levando essa bebida indispensável a todos os recantos das suas fronteiras, e para lá destas.

Quinta da Serradinha - Região de Vinhos de Lisboa, um produtor improvável .
Quinta da Serradinha – Região de Vinhos de Lisboa, um produtor improvável .

A pouca higiene, nessas eras, da água potável, ajudou ao consumo desta bebida que, não tendo ainda as qualidades de paladar que hoje lhe reconhecemos, tinha já as virtudes profiláticas que o álcool lhe proporciona.

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Em Portugal

O cultivo da vinha em Portugal, que atravessou inúmeras vicissitudes históricas e políticas, só veio a estabilizar a partir do período medieval cristão.

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Enraizado culturalmente em alguns territórios – como é o caso da região em torno do mosteiro de S. Cucufate e da Vila de Frades que nas suas redondezas se desenvolveu -, o vinho de talha teve um ressurgimento no século XIX.

Jorge Cardoso da Herdade dos Outeiros Altos
Jorge Cardoso da Herdade dos Outeiros Altos

Alimentado pelo crescimento das populações residentes, que fez de alguns produtores também taberneiros, abrindo-se então muitas das adegas a clientes, tornando-se locais de negócio e de convívio diários.

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A técnica de vinificação em talhas de barro trazida pelos romanos há mais de dois mil anos nunca deixou de ser praticada no Alentejo.

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Será que é apenas mais uma moda? Como tantas que de tempos a tempos aparecem no mundo do vinho…

Mestre António Rocha em produção (imagens do Prof. Virgílio Loureiro

A designação de Vinho de Talha começa a vulgarizar-se, facto este que preocupa alguns produtores, receando até a sua adulteração aparecendo simplesmente ao consumidor algo parecido com Vinho de Talha.

Olaria em Tomar
Olaria em Tomar

Sobre vinificação, técnicas e características, o Clube de Vinhos Portugueses abordará em futuros artigos.

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Para já beba vinho de talha e pense na sua história !!!

6 Comentários

  1. Tenho uma talha para vender , alguém interessado em comprar?

  2. Há alguma relação do vinho da talha com os monjes de Cister?

  3. Boa tarde, sou um pequeno vitivinicultor bairradino mas um apaixonado pelo alentejo seus usos e costumes paisagens e pela gastronomia, como tal produzo vinho de talha, feito segundo as tecnicas ancestrais dos romanos á 2000 anos.
    Um vinho fabuloso para os apreciadores de produtos originais.

    1. Boa noite. A Talha ou ânforas que os romanos trouxeram é originária do Cáucaso há mais de 6000 anos !!! Gratos pelo seu comentário. Cumprimentos.

  4. Tinha esperança de ficar a saber o que distingue o vinho de talha dos restantes…

    1. Muito boa noite, João.

      Por agora a ideia foi contar em breves linhas um pouco de história. A seu tempo iremos também falar sobre características.
      Sem queimar etapas e um capítulo de cada vez.
      Caso contrário , os artigos tornam-se fastidiosos e poucos leêm até ao fim. Desta forma é mais simples, tentando com linguagem o mais simples possível, contar aos poucos, cada história, cada característica e cada detalhe.

      Agradecemos desde já o seu comentário.

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