O Museu Marítimo de Bacalhau em Ílhavo

O Museu Marítimo de Bacalhau em Ílhavo, no distrito de Aveiro, foi fundado por Américo Teles, a 8 de Agosto de 1937.

Tem como vocação a exposição etnográfica e regional, destinada a divulgar a ligação entre a população ilhavense, o mar e a ria de Aveiro.

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Receita

Bacalhau à Algarvia

Ingredientes:

  • 600 grs de bacalhau seco Lugrade;
  • 800 grs de batatas ;
  • 2 dl de azeite;
  • 150 grs de cebolas ;
  • 3 dentes de alho ;
  • 50 grs de farinha ;
  • 1 ramo de salsa ;
  • Sal Marinho

Confecção:

Corte o bacalhau salgado e seco em quadrados com cerca de 5 cm. Demolhe em água fria, com uma antecedência de 24 horas.

Limpe o bacalhau de escamas e espinhas e ponha a escorrer.

Num tacho, à parte, ponha o azeite e leve ao lume para aquecer.

Passe o bacalhau pela farinha e deixe alourar nos dois lados. Depois de alourado, retire para uma travessa.

Pique o alho e corte a cebola ás rodelas.

Refogue o alho e a cebola no azeite onde fritou o bacalhau e deite sobre o mesmo. Polvilhe com salsa picada.

Num tacho, à parte, coza as batatas com pele em água e um pouco de sal.

Depois de cozidas, escorra a água e deixe arrefecer.

Descasque as batatas, corte ás rodas grossas e, numa frigideira, aqueça-as em azeite.

Sirva em volta do bacalhau.

Conselho: Utilize, de preferência, um bacalhau com espessura de cerca de 3 cm.

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A constituição do Museu Marítimo de Bacalhau em Ílhavo não foi fácil, tendo sido possível com o apoio da Associação dos Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo.

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Igualmente fundada igualmente por Américo Teles em Agosto de 1924, apesar de só ter sido oficialmente criado em Abril de 1941, este ainda prevalece na vida do museu.

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Apesar da sua antiga fundação, só em 2001, é que foram inauguradas as novas e actuais instalações do museu.

O diagrama do museu

O diagrama do museu

As 3 partes do museu

Neste museu existem três exposições principais, de cariz permanente, distribuídas por quatro salas distintas.

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Na primeira, na Sala da Faina/Capitão Francisco Marques é possível encontrar uma exposição dedicada ao tema da pesca do bacalhau à linha com dóris, juntamente com a reconstituição do navio Faina Maior.

Esta exposição organiza-se em três espaços: ao centro encontra-se a um barco à escala real, uma reconstituição de um iate de pesca do bacalhau do início do séc. XX, cortado pelo convés.

Neste encontramos todos os materiais que eram necessários para a faina.

O Museu Marítimo de Bacalhau em Ílhavo possui um vasto e único espólio sobre a faina da pesca do bacalhau que retrata, documenta e evidencia esta verdadeira epopeia secular portuguesa que nos identifica !

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À direita, foram colocadas uma série de peças que fizeram parte do quotidiano dos tripulantes de veleiros portugueses entre os anos quarenta e sessenta.

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Por fim do lado esquerdo, representam-se os principais espaços do navio que ficam sob o convés, tais como sítios a bordo onde se comia, dormia e o porão de salga.

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Esta exposição termina com a reconstituição de um estaleiro de dória, o barco usado pelos portugueses para a pesca do bacalhau até 1974, e uma maquete representando a área de seca do bacalhau da Figueira da Foz.

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Ao longo de toda a exposição encontram-se passagens do livro de Allan Villers “A Campanha do Argus” assim como fotos deste autor.


Na sala da Ria, encontra-se uma exposição dedicada à faina agro-marítima da Ria de Aveiro, onde se encontram as embarcações tradicionais (destacando o Moliceiro).

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Allan Villers

Aqui revelam os testemunhos de actividades económicas quase desaparecidas nos dias de hoje, como é o caso da apanha do moliço, a extracção e o transporte do sal.

As pescas artesanais típicas da laguna com artes adaptadas às espécies outrora mais prolíferas e ainda a construção artesanal de barcos de Ria, documentada através da recriação de um estaleiro pitoresco dos anos quarenta do século XX.


Na Sala dos Mares, dedicada à exposição permanente de uma colecção de modelos de embarcações que exprimem a diversidade do património marítimo fluvial português e a ligação dos ilhavenses ao mar.


Numa última exposição, a Sala das Conchas, encontra-se uma exposição de conchas doada ao museu por Pierre Delpeut em 1965.

Esta constitui a maior colecção de conchas do país, bem como uma colecção de algas marinhas colhidas e tratadas por Américo Teles, fundador do museu.

O museu contém ainda, espaços como a biblioteca, o arquivo, um auditório, uma cafetaria, uma loja e ainda um aquário dos bacalhaus.

O Aquário dos Bacalhaus !

O Aquário dos Bacalhaus do Museu Marítimo de Bacalhau em Ílhavo foi inaugurado no dia 13 de Janeiro.

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Incluído nas comemorações do 75º aniversário do Museu Marítimo de Ílhavo, pela Câmara Municipal, com intuito de promover o município como a Capital Portuguesa do Bacalhau.

Este integrou-se num Programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de Ílhavo.

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O aquário do Museu Marítimo de Bacalhau em Ílhavo tem uma capacidade de 120 m3 de água salgada (criado artificialmente com sal medicinal de origem alemã de modo a aproximar às características do habitat natural).

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Tem uma temperatura média de 12ºC, sendo que a alimentação dos bacalhaus é assegurada pela Associação de Pesca Artesanal da Ria de Aveiro (APARA).

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Para a criação deste projecto, foi necessária a cooperação com o Museu Marítimo de Alesund, na Noruega, desde 2006.

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Esta cooperação permitiu ao Museu Marítimo de Bacalhau em Ílhavo receber apoio técnico na elaboração e funcionamento.

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E o principal que são os bacalhaus que se encontram no Aquário, de forma a cumprirem o objectivo de divulgar a história e cultura do Bacalhau.


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