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Barricas de Carvalho Americano versus Barricas de Carvalho Francês na Tanoaria

Madeiras de contrastes

O carvalho americano vem sendo muito apreciado por inúmeros produtores. Logo os viticultores e enólogos franceses têm sido mais críticos, queixando-se de que o seu impacto no vinho é demasiado forte.

Graças a pesquisas pormenorizadas, o carvalho americano pode agora ser empregado com objetivos precisos, o seu preço atrativo torna a decisão ainda mais fácil.


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Carvalho Americano

Contudo, algumas análises mostraram que o carvalho americano contém menos taninos do que o carvalho francês, mas mais componentes aromáticos, especialmente metiloctalactona. Este comprimento por vezes é excessivo e a madeira sobrepõe-se ao vinho.

As pipas feitas com carvalho americano precisam de um aquecimento longo e forte durante o processo de produção e são usadas para pequenos períodos de maturação (seis a nove meses no máximo), uma vez que a sua influência no vinho poderia tornar-se demasiado dominante.


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Outra característica do carvalho americano reside na madeira ser mais compacto e menos poroso que o francês.

Desse modo, há uma menor entrada de oxigénio na barrica e o vinho tem um desenvolvimento mais lento.

Por fim os aromas também diferem entre eles, o carvalho francês, o vinho adquire carácteres mais complexos com notas como pimenta, cedro, cravo, entre outros, enquanto com o americano são obtidos aromas como de coco e baunilha.

Com o carvalho francês o vinho poderá eventualmente evoluir mais rapidamente. Tudo está relacionado com o estanque com que é fabricado.

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Portanto o uso de barricas americanas ou francesas no estágio e envelhecimento de vinhos, reflete-se diretamente no resultado final do produto.

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Enquanto as barricas francesas dão toques mais subtis de madeira, as barricas americanas fornecem mais aromas de baunilha, mas em compensação são mais agressivas ao passar os aromas para o vinho, tornando-se inadequadas para estágios superiores a 10 meses.

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Para se conseguir características de cada tipo de carvalho, um vinho pode receber estágios nos dois tipos de barricas.

Além do toque amadeirado, de acordo com a queima ou tosta do carvalho utilizado, os vinhos podem adquirir maior complexidade e apresentar notas de café, especiarias, alcatrão, etc.


5 Comentários

  1. Olá Jorge,boa noite,
    Gostaria de saber, se as tanoarias portuguesas compram o “carvalho francês”?a nós ou vão comprar a França?
    Eu estou a reflorestar uma propriedade minha e vou introduzir espécies autóctones para daqui a uns anitos eu ou os meus filhos tirarem um rendimento e dp reflorestar novamente e assim por diante…
    Gosto mto da sua página,parabéns.
    Gde abc
    Carlos

    1. Muito boa noite, agradecemos o seu contacto. Para saber de onde provém as madeiras utilizadas no fabrico de barricas, o ideal será mesmo contactar as tanoarias portuguesas que dispõem atualmente de websites e contactos. Cumprimentos.

  2. Boa tarde, seria pertinente informar as pessoas que o termo “Carvalho Francês” designa apenas a sua proveniência, não o tipo de árvore. Para quem não sabe, é exatamente a mesma árvore, sem tirar nem pôr, que abunda no nosso país, principalmente no Minho. Os franceses conseguiram por-nos a dizer “Carvalho Francês” como se fosse um tipo de carvalho que viesse de França, o que é errado. Quercus robur é uma árvore autóctone de várias regiões do sul da Europa, incluindo Portugal. Há que o chame de Carvalho Vermelho ou Carvalho Alvarinho.

    1. Boa noite, João Brandão.

      É muito verdade o que diz e inclusivamente tanoeiros portugueses, por questões comerciais preferem continuar a dizer Carvalho Francês, tal como o calçado que vai a Itália (produzido com qualidade em Portugal) e volta Made in Italy.

      Contudo o tema de tanoaria é para ser contado em vários capítulos e o que vê é um de diversos que serão publicados aqui no Clube de Vinhos Portugueses.

      O importante é conseguir enquadrar o estágio de vinho em madeira.

      O Clube de Vinhos Portugueses agradece o interesse e comentários recebidos por parte dos leitores.

      Votos de Boa Páscoa.

    2. João Brandão está a confundir Quercus rubra, conhecida como carvalho-americano (mesma espécie que o denominado carvalho-francês, apesar de originária da América do Norte) e Quercus robur, conhecido como carvalho-roble ou -alvarinho, esta espécie sim de origem europeia.

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