A partir desta 3ª Feira, dia 23/06 e durante 2 meses irei aos diferentes DOC’s que constituem a Rota dos Vinhos de Lisboa, no sentido de explorar a enorme diversidade que constitui a região.

Em cada ida irei publicar previamente uma explicação sobre as diversas Denominações de Origem.

Assim, os produtores serão a Adega Cooperativa da Lourinhã e a Quinta do Rol, sendo que esta última produz mais além das aguardentes, sendo que os vinhos têm Indicação Geográfica.

“A região da Lourinhã é, tradicionalmente, produtora de aguardentes vínicas cuja qualidade tem sido reconhecida desde meados do século”. Insere-se esta afirmação no preâmbulo do Decreto-Lei nº 34/92, de 7 de Março, que reconhece a denominação de origem Lourinhã e que criou a primeira região demarcada do país para produção exclusiva de aguardente.

A região aberta para a extensa planície orlada de montes onde corre o Rio Grande, está hoje em termos de cultura de vinha reduzida a uma área de 815 hectares, onde predominam as castas Seminário, Alicante Branco, Marquinhas e Cabinda, especialmente vocacionadas para a produção de vinhos destinados à destilação.

No relatório sobre os estudos realizados em aguardentes da Lourinhã pela Estação Vitivinícola Nacional na década de setenta é referido terem os vinhos da região características normalmente existentes nas regiões de aguardente, nomeadamente a predominância de vinhos brancos, com baixo teor alcoólico e alta acidez fixa e provenientes de vinhas instaladas em zona de clima fresco e solos calcários.

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Apesar das alterações estruturais entretanto ocorridas, dos 44 636 hl produzidos no ano 2000, o vinho branco representa 63%, continuando assim a produção de aguardente na conjuntura actual a ser um bom escoamento.

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O Estatuto da Região Demarcada das Aguardentes Vínicas da Lourinhã – Decreto-Lei nº 323/94, de 29 de Dezembro – quanto à delimitação, contempla essencialmente o concelho da Lourinhã, sendo específico em diversos aspectos dos quais se destaca o título alcoométrico natural máximo dos vinhos a destilar ser de 10% vol., a vinificação ser feita sem adição de anidrido sulfuroso, os sistemas utilizados na destilação poderem ser destilação contínua com título alcoométrico máximo de 78% vol. ou destilação descontínua com título alcoométrico máximo de 72% vol. para a aguardente de coração, e uma exigência de envelhecimento para comercialização no mínimo de 24 meses em barris de carvalho.

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Os principais produtores são a Adega Cooperativa da Lourinhã  e a Quinta do Rol, que, apesar duma conjuntura actualmente também desfavorável para as bebidas espirituosas, têm diligenciado a comercialização da aguardente com denominação de origem tanto no mercado nacional como no estrangeiro.