Esta receita nasceu na cidade nos anos sessenta numa inovação do croque-monsieur que um emigrante tantas vezes fizera em França, onde trabalhava.
A sua criação tem raízes populares e muitas histórias rodam à volta deste petisco famoso.
Com frequência e reunindo algum consenso, atribui-se a sua criação a Daniel David Silva, minhoto de Terras do Bouro, que após estar emigrado, traz as influências do croque-monsieur, confeccionando-o por volta de 1953 na Regaleira, restaurante da rua do Bonjardim no Porto, que ainda hoje serve a iguaria, publicitando-se como local de origem da mesma.
O nome Francesinha, reza a história, deve-se ao facto de Daniel David Silva afirmar que “A mulher mais picante que conheço é a francesa”.
A partir daqui muitas histórias se contam, inclusive que um empregado da Regaleira, saiu com o segredo do molho, em 1963, para o Restaurante Mucaba, em Vila Nova de Gaia, começando a expansão da criação gastronómica de Silva.
A sua forma abundante na quantidade e na diversidade dos artigos que a acompanham, adubada com um molho de marisco picante, veio de facto ao encontro das gentes do Porto que gostam de comidas com sabores carregados e de bom sustento.
É, pois, um prato jovem, de convívio, grande na porção, quente no palato, inventivo na receita.