COVILHÃ NA ANTIGUIDADE

A Covilhã – povoação – situa-se na encosta da Serra da Estrela, voltada para nascente, rodeada por duas ribeiras, a Degoldra e a Carpinteira, tendo a seus pés o rio Zêzere e toda a Cova da Beira.


Esta localização faz com que os habitantes da Covilhã sejam, por um lado, homens e mulheres da montanha, tendo por matriz a Serra da Estrela o que lhes transmite coragem, espírito de luta e perseverança; por outro, a baixa ou seja a extensa Cova da Beira que se prolonga até Espanha, que imprime confiança, autonomia e determinação.


Inicialmente, os habitantes ocupavam a baixa junto ao rio onde as úberes terras os alimentavam. Com o andar dos tempos, forças de fora obrigaram-nos a fixarem-se numa altitude aproximada dos 800 metros, numa encosta íngreme.


Importantes “achados” mostram que os primeiros habitantes não foram os Romanos. A navegabilidade do Zêzere, que faz parte da bacia hidrográfica do Tejo, trouxe gentes das mais variadas partes que vinham comerciar.


A existência de inúmeros castros, verdadeiras sentinelas e postos de defesa, mostra que por ali passaram vários povos da pré-história que se foram instalando devido às boas condições de subsistência.


Os Romanos, após as lutas com os Lusitanos, acomodaram-se na região, como se pode verificar ao percorrer as margens do Zêzere, onde os exemplos de terra sigillata hispanica (tritium) se encontram a cada passo.


Escavações, em curso, apontam para a existência de uma importante colónia – povoação romana – que ultrapassa a simples passagem de expedições militares. As vias romanas que se encontram por toda a parte e até na própria Serra, viradas para nascente, para evitar o gelo, são outra demonstração clara da sua presença.

A COVILHÃ NA IDADE MÉDIA

A Covilhã tornou-se, desde a Antiguidade, num ponto de cruzamento de estradas e caminhos. Foi conquistada e reconquistada várias vezes, chegando os mouros a destruí-la quase por completo.


Estes acontecimentos levaram a que as gentes da Covilhã criassem o seu próprio município, segundo Alexandre Herculano, para se poderem organizar e defender.


A Carta de Foral à Covilhã, concedida por D. Sancho I, em Setembro de 1186, vem confirmar a sua importância como posto fronteiriço.


Os limites do alfoz (concelho), definidos pelo Foral, incluíam Castelo Branco e iam até ao Tejo, Portas de Ródão. É significativo.


Até ao final do reinado de D. Sancho II, a vila da Covilhã viveu o espírito de Reconquista, isto é, de luta contra os mouros. Foi capital do reino durante a Reconquista. Por várias vezes, o rei se instalou aqui com a corte.


Terminada que foi a Reconquista ou seja feita a paz com os mouros, as gentes da Covilhã passaram a organizar-se economicamente. Havia que ir além da agricultura de subsistência. O Rei D. Afonso III vem ajudar ao instituir uma feira anual com a duração de oito dias. A feira celebrava-se em Agosto, depois da festa de Santa Maria. Também D. João I concede uma feira franqueada anual a realizar-se pelo São Tiago e que se tem mantido, com altos e baixos, até aos dias de hoje.


A indústria dos lanifícios, entretanto, ia começando a tomar forma. Há que ter em conta que, por aqui, se deslocavam, vindos de Espanha, almocreves que levavam lãs para Tomar, seguindo uma via romana que passava por Paúl, Casegas, Sobral de São Miguel… Era conhecida como a Estrada da Lã.

A Carta de Foral aponta para muitas indústrias artesanais, incluindo a dos lanifícios e abria a porta a todos os que desejassem vir instalar-se na região.


Uma burguesia, cada vez mais forte, fomentava o progresso e tornava-a apetecida pelas suas riquezas. No termo da Covilhã, na Idade Média, incluíam-se mais de 300 lugares.


Os judeus eram já um núcleo importante que chegou a ter influência na corte.


A arte e a cultura está bastante representada, caracterizando esta época. A título de exemplo cita-se a capela de São Martinho, autêntica jóia de estilo românico.

COVILHÃ NO RENASCIMENTO

A Covilhã era uma vila em plena expansão populacional quando surge o Renascimento. O sector económico tinha particular relevo na agricultura, pastorícia, fruticultura e floresta. O comércio e a indústria, embora artesanal, especialmente os lanifícios, estavam em franco progresso. Gil Vicente cita “os muitos panos finos”.


Os judeus dominavam o comércio e a indústria. Eram os detentores do capital. A Covilhã e sua região, como transfronteiriças, eram um bom abrigo.
As ruas que vão desaguar na Praça do Município, de qualquer um dos pontos cardeais, denotam a importância do comércio e trabalho. As dezenas e dezenas de casas com a porta larga e a porta estreita – uma entrada para a casa e outra, a larga, para a oficina mostram essa importância.


O Infante D. Henrique conhecia bem essa realidade, daí o passar a ser “senhor” da Covilhã.


A gesta dos Descobrimentos exigia verbas importantes. As gentes da vila e seu concelho colaboraram não apenas através dos impostos, mas também com o potencial humano.


A expansão para além-mar iniciou-se com a conquista de Ceuta em 1415. Personalidades da Covilhã como Frei Diogo Alves da Cunha, que se encontra sepultado na Igreja da Conceição, participaram no acontecimento.


A presença de covilhanenses em todo o processo prolonga-se com Pêro da Covilhã (primeiro português a pisar terras de Moçambique e que enviou notícias a D. João II sobre o modo de atingir os locais onde se produziam as especiarias, preparando o Caminho Marítimo para a Índia) João Ramalho, Fernão Penteado e outros.


Entre os missionários encontramos o Beato Francisco Álvares, morto a caminho do Brasil; frei Pedro da Covilhã, capelão na expedição de Vasco da Gama para a Índia, o primeiro mártir da Índia; o padre Francisco Cabral, missionário no Japão; padre Gaspar Pais que de Goa partiu para a Abissínia; e muitos outros que levaram, juntamente com a fé, o nome da Covilhã para todas as partes do mundo.


Os irmãos Rui e Francisco Faleiro, cosmógrafos, tornaram-se notáveis pelo conhecimento da ciência náutica. Renascentista é Frei Heitor Pinto, um dos primeiros portugueses a defender, publicamente, a identidade portuguesa. A sua obra literária está expressa na obra “Imagem da Vida Cristã”. Um verdadeiro clássico.


A importância da Covilhã, neste período, explica-se não apenas pelo título “notável” que lhe concedeu o rei D. Sebastião como também pelas obras aqui realizadas e na região pelos reis castelhanos. A Praça do Município foi até há poucos anos, de estilo filipino. Nas ruas circundantes encontram-se vários vestígios desse estilo. No concelho também.


Exemplos de estilo manuelino também se encontram na cidade. É o caso de uma janela manuelina da judiaria da Rua das Flores. É o momento de citar o arquitecto Mateus Fernandes, covilhanense, autor do projecto da porta de entrada para as Capelas imperfeitas, no mosteiro da Batalha.

COVILHÃ NA INDÚSTRIA

Joel Serrão sintetiza assim a especial capacidade da vila da Covilhã e sua zona envolvente para a indústria de lanifícios: “Uma cintura de vilas e aldeias animadas pelos lanifícios envolve a Serra da Estrela. Os “panos finos” que se faziam na Covilhã eram afamados no começo do século XVI (Gil Vicente)”.


Após o ouro do Brasil, Portugal entrou em depressão económica.
D. Luís de Menezes, conde da Ericeira, funda a fábrica – escola na Ribeira da Carpinteira. Mandou vir técnicos estrangeiros, sobretudo da Inglaterra (5 estampadores, 4 tecelões, 2 mulheres que fiavam e oficiais de tinturaria). Ainda há ruínas desta empresa. Poucos anos depois, trabalhavam nesta laboriosa cidade 400 oficiais e 17 teares.


O Marquês de Pombal ao instalar nesta cidade a Real Fábrica de Panos, junto à Ribeira da Degoldra, vem confirmar as capacidades das gentes da Covilhã e as potencialidades da sua zona envolvente para a indústria.


“Pombal cria a Superintendência das fábricas de lanifícios que valorizou os centros beirões, em especial na Covilhã e no Fundão. Do estrangeiro manda vir tecedeiros e tintureiros, seguindo o exemplo do Conde da Ericeira, que abriu e desenvolveu fábricas e teares.”


A marca da importância industrial da Covilhã vê-se no património industrial, único no País, o que indica os passos dados na evolução técnica até aos dias de hoje. Resposta aos que afirmam que a Covilhã não é rica em património construído.


A criação da Escola Industrial, por decreto do Ministério das Obras Públicas, publicado em 20 de Dezembro de 1864 é, exemplarmente, o sinal inequívoco da importância da indústria de lanifícios na Covilhã.


Poucos anos depois, em 20 de Outubro de 1870, o rei D. Luís eleva a Covilhã à categoria de cidade: “…, é uma das vilas mais importantes do reino pela sua população e riqueza;… fecunda iniciativa dos seus habitantes…” Assim condecora a vila da Covilhã e as suas gentes.


Como síntese, há que dizer que a Universidade da Beira Interior – cúpula e corolário deste processo que surgiu antes dos primórdios da nacionalidade – nasceu, tendo como um dos primeiros cursos a licenciatura nos têxteis.

O Movimento Operário da Covilhã (1890/1907)

A classe operária da Covilhã, gerada enquanto tal, no processo – lento e demorado – de industrialização dos lanifícios, irrompeu na cena social da cidade e do concelho a partir da década de 1890.


Com efeito, datam de meados do último decénio de oitocentos não apenas os actos fundadores das organizações autónomas e de classe do operariado covilhanense, mas também as primeiras movimentações grevistas e outras formas de luta através das quais o operariado procurava fazer frente às suas duras condições de existência.


Em todo este processo, sociológico, económico, político e até psicológico, a classe dos tecelões desempenhou um papel preponderante.

DECRETO QUE ELEVA A VILA DA COVILHÃ A CIDADE

“Attendendo a que a muito notável villa da Covilhã, no districto de Castello Branco, é uma das villas mais importantes do reino pela sua população e riqueza:

Attendendo a que a mesma Villa é uma das povoações do reino que mais se têem distinguido pela fecunda iniciativa de seus habitantes na fundação e aperfeiçoamento de muitos e importantes estabelecimentos fabris, cujos productos podem já disputar primazia com os das fábricas estrangeiras mais acreditadas pelo seu desenvolvimento industrial;

E desejando dar aos habitantes da referida villa um solene testemunho de subido apreço em que tenho os seus honrados esforços pelo progresso e aperfeiçoamento da indústria nacional;

Hei por bem fazer mercê à dita villa da Covilhã de a elevar à categoria de cidade, com a denominação de cidade da Covilhã e me praz que directamente lhe pertencerem; devendo expedir-se à respectiva Câmara Municipal a competente carta em dois exemplares, um para título d’aquela corporação e o outro para ser depositado no real archivo da torre do tombo.


O Ministro e Secretário d’Estado dos Negócios do Reino assim o tenha entendido e faça executar. Paço da Ajuda, em 20 de Outubro de 1870. – Rei – António, Bispo de Viseu.”

DELIBERAÇÕES CAMARÁRIAS SOBRE A ELEVAÇÃO DA COVILHÃ À CATEGORIA DE CIDADE

A Câmara apreciou “Offício mesmo Senhor Administrador do Concelho nº595 de 26 d’Outubro corrente, participando que por Decreto de 20 d’Outubro do corrente anno, fora a muito Notável Villa da Covilhan elevada à cathegoria de Cidade, com a denominação – Cidade da Covilhan – por isso seria conveniente que se manifestasse o regozijo público por tal mercê, tomando a Câmara a iniciativa nesta demonstração.


A Câmara deliberou que se manifestasse este regozijo convidando todos os Cidadãos, por meio de editaes a iluminarem suas casas nas noites de 28, 29 e 30 do corrente, e neste último dia, assistirem a um solenne Te Deum que se hade cantar na Igreja de Santa Maria Maior d’esta Cidade pelas quatro horas da tarde. Deliberou-se também que para dar mais expansão a este sentimento de regozijo, se deitassem foguetes, tocassem o sino dos Paços do Concelho e se convidassem duas musycas d’esta Villa, para n’aquelas noites virem ao largo do Pelourinho tocar os hynos Nacionaes, e mais peças apropriadas e se convidassem todas as auctoridades e pessoas principais da Cidade a assistirem ao referido Te-Deum e encarregar a autorizar o Senhor Presidente a fazer tudo o mais que entender”.

“Outro offício do mesmo Exm.º Senhor (Adm. Conc.) nº241 de 28 do dicto mez d’Outubro, participando que por Decreto de 20 do referido mez, a Notável Villa da Covilhan fôra elevada à cathegoria de Cidade e que por este facto prevenia a Câmara segundo ordens expeditas do Ministério do reino, lhe cumpria sollicitar quanto antes pela dicta Secretaria d’Estado a expedição do competente Diploma d’encarte.


O Senhor Presidente José Tomás Mendes Megre Restier informou que, em vista deste offício incumbira particularmente o digno Deputado por este Círculo Doutor António dos Santos Viegas, de o informar àcerca da despesa e passos a dar para se obter aquele Diploma, e que elle lhe respondêra que encarregara um dos Contínuos da Secretaria do Ministério do Reino para lhe tratar deste negócio, e que a despesa montava a 218 reis, sendo direitos de mercê 140 reis; adicionais 28 reis, direitos de sello 10$00 reis e emolumentos 40 reis, tendo a acrescentar a esta verba a gratificação que a Câmara entender deve dar-se ao referido Contínuo Sollicitador.


A Câmara resolveo que o Senhor Presidente enviasse desde já aquella quantia ao ilustre Deputado deste círculo, auctorizando-o a dar ao referido Contínuo a gratificação que elle entendesse justa e rasoável, e a fazer todas as mais despesas necessárias para a conclusão deste negócio, e também deliberou que a importância das mencionadas verbas e despezas sahissem do dinheiro que actualmente existe em Cofre, sendo depois tudo incluído e votado no primeiro orçamento Supplementar que se confeccionasse”.

Nascente do Mondego

“O Senhor Presidente disse, que como agora se hia requerer o encargo do título da Cidade a que foi elevada a Covilhan tendo para isso de se despender para cima de 200 reis cuja quantia se tem de incluir em Orçamento, segundo foi deliberado já nesta mesma Sessão, havendo além desta despesa outras também urgentes”.

CONSTITUIÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE 26 DE OUTUBRO A NOVEMBRO DE 1870:
Presidente – José Tomás Mendes Megre Restier;
Vice-Presidente – António Baptista Alves Leitão;
Vereador – Dr. José António da Cunha Júnior;
Vereador – Dr. António Policarpo Fernandes Galvão;
Vereador – António Barbas da Torre;
Vereador – Francisco Alves;
Vereador – José Nunes Oliveira;

COVILHÃ DE HOJE PROJECTA-SE NO AMANHÃ

No limiar do século XXI, a Covilhã é uma cidade moderna que promove o desenvolvimento verdadeiramente sustentado. Sente-se o pulsar da cidade que novamente se apresenta como um município em constante progresso, preparado para enfrentar todos os desafios.
Existem já dois parques industriais em actividade; novas vias rodoviárias estão a ser projectadas; a Universidade da Beira Interior não só aumentou o seu campus universitarius em termos físicos, como também conta já com novas licenciaturas; as áreas de lazer aumentaram e dispersaram-se pela cidade e concelho; a cultura e o desporto são uma presença diária para todos.
A Serra da Estrela é um ponto de atracção para a prática dos vários desportos que vão do esqui à escalada e ao prazer de fruir a natureza, no seu ambiente mais puro, durante todo o ano.
Hoje como ontem, a Covilhã e região envolvente – Serra e Cova da Beira – têm condições de progresso, de desenvolvimento sustentado, como nenhuma outra em todo o interior português, oferecendo óptimas condições a todos os que aqui se queiram instalar.
Covilhã e sua região projectam-se decididamente neste novo século.

LENDA DA COVILHÃ

A Cova da Beira está situada no eixo da Guarda – Covilhã – Castelo Branco, fazendo fronteira com Espanha. O seu primeiro nome foi o de Cova Plana, por razões de ordem morfológica. “Cova” porque está enclausurada entre serras altas, nas abas das Serra da Estrela, Serra da Gata, Serra da Malcata, Serra da Gardunha. “Plana” porque se trata de um espaço onde se erguem aqui e além pequenos montes ou mamelões que, vistos do cimo de qualquer uma das serras que a envolvem, se diluem na paisagem, parecendo tratar-se de uma planície entre montanhas onde brilham as águas.
Após a invasão e conquista da Península Ibérica pelos romanos é que aconteceu surgirem os vários nomes (Cova Julia e Silia Herminia) a que as lendas deram notoriedade.
Os generais romanos, por razões estratégicas davam os seus nomes às regiões por onde passavam e sobretudo onde assentavam arraiais. Temos assim a Cova Plana a mudar de nome para Cova Julia, antes de Cristo, devido ao facto de ser Júlio César o general, comandante das legiões romanas, na Península Ibérica.
Em 41 depois de Cristo, há uma outra alteração. O nome de Cova Julia desaparece e a região passa a ser conhecida como Silia Herminia, devido ao facto de o general romano, que então comandava as legiões romanas, se chamar “Silius”, e ter, ali, acampado para dominar os lusitanos.

A Covilhã encontra-se situada na vertente oriental da Serra da Estrela a cerca de 700 metros de altitude. Possui uma localização estratégica, confinada entre as ribeiras da Carpinteira e da Degoldra, com excelentes pastos para a criação de gado ovino, condições essenciais para a manufactura de panos. Desde cedo se destacaram na paisagem azenhas, moinhos de pão, tintes e tendas e, posteriormente, fábricas transformando a Covilhã no maior centro da indústria têxtil do País.

O topónimo da Covilhã estará relacionado com uma lenda. Segundo esta, o Conde Julião, governador de Ceuta, teria permitido a passagem dos mouros, por vingança, pelo facto da sua filha, Florinda, se ter enamorado por Rodrigo, o último rei dos Godos. Após a morte deste, numa batalha contra Tariq, esta refugiou-se nos Montes Hermínios e, pela sua astúcia e formosura, mereceu o respeito dos mouros e o nome de Cova. Seria o lugar da Cova Juliana ou Covaliana, donde resulta o nome da Covilhã.
Há ainda quem conte que foram as condições em a Covilhã se insere, com zonas de pastagens e refúgio do gado na Serra da Estrela que lhe deram o nome.
Inicialmente conhecida como o Covil da Lã, hoje denomina-se Covilhã.

PRATOS TÍPICOS:
Bucho;
Truta grelhada;
Cabrito assado;
Enchidos (morcela, farinheira, chouriça de carne, chouriça de bofes);
Entrecosto;
Grão de bico;
Perdiz;
Lebre;
Coelho;
Javali assado;
Farinha de milho;
Bacalhau;
Arroz com míscaros;
Arroz de carqueja;
Feijocas à Serrana;
Feijoada da Beira;
Pão centeio escuro do Sabugueiro;
Broa de milho(amarelo);
Caldo de castanha;
Cherovias;
Ervilhas Tortas;
Espargos selvagens;
Azedas.

PRATOS TÍPICOS POR FREGUESIA:

ALDEIA DO SOUTO
Enchidos


BARCO
Borelhões, enchidos, peixe do rio e javali


BOIDOBRA
Sarapatel de cabidela, sopa de cavalo cansado, gemada, bucho de porco e massa guisada com grão


CANHOSO
Panela no forno, pastéis de molho, truta recheada com presunto, sopa da Beira e papas de carolo
CASEGAS
Couves com feijão, borelhões, peixinhos da ribeira, cabrito, papas de carolo e bolos de bicabornato
CONCEIÇÃO
Cabrito assado, panela no forno e pastel de molho
CORTES DO MEIO
Cabrito da serra e broa
COUTADA
Borelhão e cabrito
DOMINGUISO
Bolo xadrez e papas de milho
ERADA
Cabrito recheado, bacalhau recheado, borelhões e broa de milho com recheio de carnes
FERRO
Bacalhau ensopado, galinha corada, tibórnios, pão-de-ló, biscoitos, talassas, cavacas e bolos de leite
OURONDO
Borelhões
PAUL
Papas de carolo, feijão no forno e trutas recheadas
PESO
Grão-de-bico com ovos, pão leve, estufado de perdiz, beringelas fritas com ovos, borelhões e enchidos (morcelas de sangue, morcelas de arroz, chouriço, mouro)
S. JORGE DA BEIRA
Couves com feijão e carne de porco, carne de Reis (cabrito ou cabra), tigeladas, arroz doce, filhós e broeiros
S. PEDRO
Pastéis de molho, cabrito, enchidos, queijo da serra, papas de sarrabulho, panela no forno e feijoada serrana
SANTA MARIA
Pastéis de molho
SARZEDO
Caldudo (sopa de castanhas)
SOBRAL DE S. MIGUEL
Queijo, cabrito, enchidos, broa, talassas e filhós
TEIXOSO
Panela no forno, cabrito à serrana, bacalhau à Gomes de Sá, papas e arroz doce
TORTOSENDO
Panela no forno e bolo da Páscoa
UNHAIS DA SERRA
Trutas, cabrito assado, chanfana, frango corado, arroz-doce, farófias, papas de carolo, leite-creme, filhós, bolos de leite e esquecidos
VALES DO RIO
Cabrito assado, borelhões, filhós e arroz-doce
VERDELHOS
Carne de rês
VILA DO CARVALHO
Cabrito no forno

FONTE: C.M. Covilhã