Desencuba
Após fim da fermentação, ou seja, quando o açúcar das uvas foi transformado em álcool – passando o mosto a chamar-se vinho – é necessário separar o vinho das películas e das grainhas.
O vinho, ainda na parte inferior da cuba (no topo estão as massas devido à presença de dióxido de carbono que não as deixam descer, apesar da fermentação já ter terminado) é escorrido por baixo – sangrado, constituindo o vinho de lágrima – e as massas, que vêm então descendo à medida que o vinho é retirado, serão encaminhadas para a prensa.
Transfega
A trasfega é a operação de transferência do vinho de um para outro recipiente, realizada com precaução, separando o vinho limpo do depósito ou borra.
A trasfega é um processo mecânico. É uma das primeiras práticas a efectuar ao vinho e que influenciam sua estabilidade.
Vantagens da trasfega (retirada das Borras):
- Estabilidade química e microbiológica;
 - Dissolução de oxigénio:
 - Benefícios organolétpticos;
 - Eventual desaparecimento de casse férrica;
 - Favorece o acabamento de fermentações;
 - Intensificação e estabilização da cor .
 - Efeito homogeneizador;
 - Permite eliminar o excesso de dióxido carbónico;
 - Permite efectuar correcções.
 
Vantagem da presença das borras:
– enriquecimento do vinho em polissacáridos.
Efeitos inócuos da presença das borras:
– precipitados inertes de tartaratos e matéria corante
Após a fermentação alcoólica, os vinhos novos contêm:
- partículas diversas provenientes dos mostos ou de partes sólidas da uva;
 - leveduras;
 - fosfato férrico, cobre;
 - bactérias;
 - cristais de bitartarato de potássio e tartarato de cálcio;
 - substâncias de natureza coloidal:
 - proteínas;
 - compostos fenólicos mais ou menos polimerizados;
 - polissacáridos de diversas estruturas; etc
 














