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Herdade Vale Barqueiros
Seda – Alter do Chão
7440-222 – Seda
Portugal

Telefone/Fax: 245 636 126
E-mail: herdade@valebarqueiros.pt

EMPRESA

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vb_p_1227886163A Sociedade Agrícola Herdade Vale Barqueiros, constituída em 1985, detém a exploração agrícola da denominada Herdade Vale Barqueiros. Caracterizada como uma empresa de cariz totalmente familiar, a propriedade é composta por 122ha de vinha, 330ha de olival, uma área florestal composta por sobreiros e pinheiros mansos e várias barragens para satisfazer as necessidades de rega.

No aspecto social, a Empresa é o maior pólo empregador do concelho de Alter do Chão, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento económico-social da região. Apostando desde o início na implementação de tecnologias de ponta no domínio da viticultura e da exploração do olival, foi pioneira na instalação de um sistema de rega gota-a-gota adaptado a estas culturas. Foram também estabelecidas parcerias com técnicos internacionais que contribuíram para o desenvolvimento de “know-how” próprio da Herdade tornando-se hoje em dia uma referência em termos tecnológicos.

HERDADE

vale_barqueiros_p_1227886309Situada na bela região Norte Alentejana, na freguesia de Seda, está envolvida por uma riquíssima componente pré-histórica, de que são testemunho cerca de dezena e meia de antas identificadas, e a presença dos romanos na região e a sua invulgar capacidade construtiva mantém-se intacta à passagem do tempo e das águas, a Ponte de Vila Formosa (sec.I/II), classificada como monumento nacional desde 1910, é um exemplo significativo.

vale_barqueiros_p_1227875645A antiga coudelaria Real, em Alter do Chão, famosa pela preservação e desenvolvimento da nobre raça do “Cavalo Lusitano” é também uma referência associada à nossa propriedade.

O monte, harmoniosamente cuidado e estrategicamente bem situado, permite uma vista magnífica sobre as vinhas e olivais.

HISTÓRIA

garrafasOs vinhos da Herdade Vale de Barqueiros são há longos anos muito apreciados e famosos pela sua qualidade.

Recentemente, com o empenho de querer fazer cada vez mais e melhor, iniciou-se o processo de reconversão da exploração. Investiu-se sustentadamente e em grande escala nos sectores da vinha e olival, construíram-se barragens para garantir o aprovisionamento da água necessária para satisfazer as necessidades de rega dos cerca de 450 ha, para vários anos. Criaram-se reservas cinegéticas de caça e pesca, onde o acto venatório praticamente não é praticado, sendo normal verem-se grandes quantidades de patos selvagens, perdizes, lebres, coelhos e outras espécies.

vinho4_detalhe_1231263316As plantações, quer de vinha quer de olivais, tiveram sempre em conta preocupações ambientais e paisagísticas, o que teve como consequência uma distribuição harmoniosa e equilibrada das várias folhas de cultura, alternando aqui e ali com espelhos de água (albufeiras). A vertente ambiental continua a ser objecto de especial atenção, pelo que enveredamos pelo processo de produção sob o sistema de “protecção integrada” em todas as culturas. O aspecto paisagístico também não é descurado, pois tem em atenção a manutenção em termos de limpeza e higiene em toda a propriedade.

CASTAS E VINHAS

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Os solos de médio potencial produtivo (argilo-arenosos), algum relevo que confere um ondulado típico às vinhas e um clima mais temperado, devido ao posicionamento geográfico já no Nordeste Alentejano, conferem um “terroir” diferenciado a Vale de Barqueiros com reflexo nos seus vinhos.

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122 ha de vinhas rodeiam toda a propriedade em sistema de cordão bilateral, sendo constituídas por um conjunto de castas com claro predomínio de variedades portuguesas, destacando-se o Aragonês e para a Trincadeira, as duas castas qualitativamente mais importantes da região Alentejo, complementadas com Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Touriga Nacional, Arinto, Antão Vaz e Tamarez.

BREVE OLHAR SOBRE ALTER DO CHÃO

História

Antecedentes

brazaoA ocupação humana de seu sítio remonta à época pré-romana. Quando da Invasão romana da Península Ibérica o povoado desenvolveu-se, atravessado por uma das três estradas que ligavam Olissipo (Lisboa) a Emérita Augusta (Mérida), passando a denominar-se Abelterium ou Eleteri. Posteriormente foi arrasado pelas legiões do imperador Adriano (117-138), evento que poderá ter determinado a construção de uma fortificação romana. Posteriormente conquistada pelos Vândalos que lhe danificaram as defesas, as mesmas foram reconstruídas à época da ocupação Muçulmana, possívelmente sob o governo de Ab-al-Rahman III (912-961), conforme testemunham cinco fiadas de silhares cujo aparelho é característico do período califal.

No contexto da Reconquista cristã da península Ibérica, esta região foi ocupada pelas forças de Portugal desde a segunda década do século século XIII: D. Afonso II (1211-1223) ordena o seu repovoamento em 1216. Sob o reinado de D. Sancho II (1223-1248), o castelo já é mencionado, na Carta de Povoamento dada a Alter do Chão pelo bispo da Guarda, Mestre Vicente Hispano (1232). Ainda visando incrementar o seu povoamento, o rei D. Afonso III (1248-1279) outorgou foral à povoação (1249), determinando reedificar o seu castelo.

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D. Dinis (1279-1325), visitou esta povoação em diversas ocasiões, outorgando-lhe novo Foral (26 de Agosto de 1292), reformado no ano seguinte, concedendo-lhe entre os privilégios, em particular, o de que nunca teria outro senhor senão o próprio soberano. Não existe informação, entretanto, de que tenha se ocupado da fortificação da vila.

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A atual conformação do castelo remonta ao reinado de D. Pedro I (1357-1367), que determinou a sua reconstrução em 22 de Setembro de 1357, de acordo com a placa epigráfica de mármore sobre o portão principal. O soberano reformou o Foral da vila em 1359.

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D. Fernando I (1367-1383) fez doação dos domínios da vila a D. Nuno Álvares Pereira, que por sua vez os doou a Gonçalo Eanes de Abreu.

Sob o reinado de D. João I (1385-1433), este monarca confirmou os domínios da vila e seu castelo ao Condestável D. Nuno Álvares Pereira (1428). Este legou-o, por morte, à sua filha, que o transferiu, por casamento com o duque de Bragança, aos domínios desta Casa. Neste momento de sucessão, registrou-se uma campanha de obras no castelo (1432).

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À época do reinado de D. João II (1481-1495), o então duque de Bragança, D. Fernando II, utilizou este castelo como prisão, argumento que viria a ser usado contra si quando das acusações por rebeldia e conspiração contra o soberano e que o condenaram à morte (1483).

D. Manuel I (1495-1521) outorgou o Foral Novo à vila (1 de Junho de 1512), datando deste período a construção da porta adintelada da alcaidaria.

Da Guerra da Restauração aos nossos dias

À época da Guerra da Restauração, foi erguida uma barbeta na muralha Nordeste, sobre a qual se reconstruíram as ameias. Neste período encontra-se documentada a existência de uma cerca urbana. A vila e seu castelo foram conquistados e ocupados por tropas espanholas sob o comando de D. João de Áustria (1662).

O castelo foi adquirido, em algum momento entre 1830 e 1840, por José Barreto Cotta Castelino, que o vendeu, em 1892, a José Barahona Caldeira de Castel-Branco Cordovil.

No século XX, foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. Durante as comemorações do III Centenário da Restauração de Portugal, foi objeto de homenagem, conforme registrado em inscrição epigráfica (1940). Pouco depois, mudaria novamente de proprietário, adquirido pela Casa Agrícola de Francisco Manuel Pina & Irmãs (1942), para ser finalmente adquirido pela Fundação da Casa de Bragança, que o conserva até aos nossos dias.

Após intervenções de consolidação e restauro iniciadas na década de 1950, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), com recursos da Fundação Casa de Bragança, o castelo encontra-se hoje em bom estado de conservação, emoldurado por uma estreita faixa ajardinada.

Castelo de Alter do Chão

Protegendo o centro da vila alentejana de Alter do Chão, o Castelo é um belo exemplar da arquitectura medieval trecentista, erigido durante o reinado de D. Pedro I, corria o ano de 1359.
Conjuntamente com o denominado Castelo de Alter Pedroso – fortificação que se situava a cerca de dois quilómetros desta vila e que foi destruída na Guerra da Restauração do século XVII – o castelo estabelecia a defesa desta parte do território nacional.
Apesar de D. Dinis ter decretado que a vila de Alter do Chão apenas teria como seu senhorio a figura do rei, D. João I quebra o compromisso anterior e entrega o governo militar desta vila a D. Nuno Álvares Pereira. A sua filha herda o castelo e a vila, passando estes, por casamento, para a posse da Casa de Bragança. Um dos duques desta casa, D. Fernando II, utilizaria no século XV este castelo como prisão – decisão que contribuiu como argumento de peso para a sua condenação à morte no processo em que estava envolvido de conspirar contra a pessoa do rei D. João II.
O castelo apresenta uma planta irregular e desenha um pentágono. O alto pano de muralha ameado é reforçado por três torres rectangulares – numa delas rasgando-se a entrada ogival do castelo – e dois cubelos cilíndricos, o de nascente coroado por cónico coruchéu. Mais recuada surge a elevada e quadrangular Torre de Menagem com os 44 metros de altura e o parapeito protegido por ameias tronco-piramidais. No seu interior destaca-se uma sala com abóbada de berço e reforçada por arcaria, iluminada por janela gradeada.
Contígua à menagem surge a fachada da arruinada Alcáçova e de outras dependências castrenses, com os seus panos rasgados por diversas janelas, portas e uma escadaria de acesso, algumas destas aberturas realizadas em obras posteriores de remodelação da fortaleza.

FONTES: CM Alter do Chão, Infopédia, Wikipédia e site Vale Barqueiros