Ciclo sobre viticultura regenerativa com novo encontro dia 14 de abril

 

O 3º encontro do ciclo sobre viticultura regenerativa promovido pela cooperativa quer ser testemunho de um novo paradigma para a viticultura na região.

 

“Viticultura Regenerativa” e “O solo como ferramenta de adaptação ao impacto das alterações climáticas na vinha”. Os dois temas em debate no próximo encontro do ciclo sobre viticultura regenerativa, no próximo dia 14 de abril, a partir das 14h30, na Adega de Favaios, são testemunho da mudança de paradigma na viticultura e na produção agrícola em geral que está a acontecer um pouco por todo o mundo desenvolvido. 

 

Profissionais com larga experiência na área, Miguel Soares (Zona Agro) e Pedro Tereso (Agrosustentável) são disso exemplo, trazendo ao encontro a lufada de ar fresco que se impõe às práticas de viticultura.

 

Não podemos aceitar a ideia de que, para termos uvas de qualidade, as videiras têm que sofrer e produzir pouco”, comenta Miguel Soares, lembrando que “na agricultura regenerativa tenta-se compreender os mecanismos naturais de regeneração dos ecossistemas para que os possamos mimetizar, adaptando-os à nossa exploração agrícola”.

 

Quando conseguimos este objetivo, a cultura atinge um nível de saúde tal que consegue produzir em quantidade e, a par, com qualidade excecional, ou seja, disponibilizando produtos nutricionalmente densos”, sustenta ainda o especialista, licenciado em Engenharia Agrícola pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

 

A perda de nutrientes e destruição do solo que a agricultura convencional (incluindo algumas práticas da agricultura biológica) tem causado é um dos problemas a merecer a atenção de Pedro Tereso.

 

Formado pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco em Ciências Agrárias e pós-graduado em viticultura pela Universidade de Évora, este especialista em agricultura regenerativa criou, em 2013, a Agrosustentável, empresa de consultoria agrícola focada em práticas de fomento da biodiversidade e sustentabilidade ambiental, como forma de assegurar também rendimentos aos produtores.

 

O ciclo de encontros sobre viticultura regenerativa que a Adega de Favaios está a promover em 2023 é aberto a toda a Região Demarcada do Douro e tem como objetivo principal sensibilizar os associados da cooperativa, bem como outros produtores, para a importância de adotarem práticas de viticultura que melhoram e valorizam o solo das vinhas, tornando-as, desse modo, mais resilientes a doenças e a adversidades do clima.

 

Este ciclo iniciou em fevereiro passado, com uma formação inovadora em Portugal sobre poda de respeito ou poda suave, seguindo-se um debate com o especialista no estudo e gestão biológica do solo, Carlos Meza.

 

Pela sua história e dimensão, a Adega Cooperativa de Favaios tem uma grande importância na região duriense e, nesse sentido, queremos, o mais possível, implicar a Adega no desenvolvimento e nas questões prementes da agricultura e ecologia atuais, acreditando que estamos assim a dar o nosso contributo para a sustentabilidade e futuro do território”, sublinha Mário Monteiro, presidente da direção da Adega de Favaios.

 

Entrada gratuita, limitada a lugares disponíveis.

Reservas para: liliana@adegadefavaios.com.pt
967897926 | 259957310