Carregal situa-se numa zona entre as Serras da Estrela e do Caramulo. Hidrograficamente está também entre os rios Dão e Mondego.

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Vinhos

São inúmeros os produtores aqui existentes e casas brasonadas de famílias importantes, que paralelamente produziam vinhos de qualidade e conhecidos internacionalmente, especialmente casas solarengas dos Séculos XVII e XVIII. Além de tudo isto, podem encontrar-se inúmeros monumentos pré-históricos.

Existem aqui produtores de vinho como a Quinta do Ribeiro Santo, a Quinta do Cerrado, Quinta de Cabriz, Quinta das Marias, entre diversos outros produtores.

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Os solos aqui são essencialmente graníticos, com alguns franco-argilosos. Possui um clima mediterrânico com feição continental, apresentando Invernos frios e Verões quentes e secos. A sua morfologia é relativamente suave, destacando-se somente a Senhora dos Milagres, com 351 metros de altitude.


Sub-regiões do Dão 1| Besteiros 2| Silgueiros 3| Castendo 4| Terras de Senhorim 5| Terras de Azurara 6| Alva 7| Serra da Estrela

Sub-regiões do Dão
1| Besteiros
2| Silgueiros
3| Castendo
4| Terras de Senhorim
5| Terras de Azurara
6| Alva
7| Serra da Estrela

Inserido na Região de Vinhos do Dão, Carregal do Sal está localizado na Sub-Região de Terras de Senhorim, constituída pelos municípios de Carregal do Sal e Nelas.

 

O Concelho

Carregal do Sal é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, região Centro e sub-região Dão-Lafões, com cerca de 5.600 habitantes.

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É sede de um município com 113,80 km² de área e 10.635 habitantes (2006), subdividido em 7 freguesias. O município é limitado a Nordeste pelo Município de Nelas, a Sueste por Oliveira do Hospital e por Tábua, a Oeste por Santa Comba Dão, a Noroeste por Tondela e a Norte por Viseu.

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Fica situado num amplo maciço antigo do Planalto Beirão, na denominada plataforma do Mondego, entre as Serras da Estrela e do Caramulo, tendo como fronteiras naturais, a Norte, o Rio Dão e, a Sul, o Mondego. Orograficamente é um Concelho sem grandes elevações, salientando-se as suas vertentes suaves para os vales daqueles importantes recursos fluviais, nas quais predominam as densas manchas graníticas características desta região.

Resenha histórica

A importância histórica do Concelho está bem documentada em fontes escritas medievais e modernas, remontando aos alvores da nacionalidade as povoações que foram dando corpo e consistência à actual realidade económico-social e administrativa, quer através de vicissitudes históricas quer através da consolidação de uma identidade que se foi firmando ao longo dos seus séculos de existência.

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Salientam-se, nomeadamente, os forais concedidos a Oliveira do Conde, pelos reis Dom Dinis em 1286 e por Dom Manuel I, em 1516, bem como as referências feitas às diversas povoações do Concelho nas Inquirições de Dom Afonso III e nas Chancelarias dos nossos primeiros monarcas, nomeadamente: Ulveyra de Conde ou Ulvaria de Conde, Travanca, Villa Mediana, Alvarelias, Cabanas, Beagios, Papizeos e Pineyro, entre outras.

Estas povoações apresentam ainda hoje uma malha de traçado medieval, depois de expurgadas algumas construções da última centúria. Aqueles antigos núcleos destacam-se, assim, pelas suas habitações, que caracterizam a construção popular antiga da região e pelos exuberantes pelourinhos que marcam aquela época, mormente o de Currelos e de Oliveira do Conde.

Nesse sentido, e já desde pelo menos a época romana, ter-se-iam construído, um pouco por todo o lado, prósperas comunidades agrícolas que foram deixando, ao longo dos tempos, marcas insofismáveis da sua presença, na paisagem.

A partir da Idade Média, todo o espaço que hoje constitui o Concelho, foi sendo dividido em propriedades senhoriais de médias e grandes dimensões, as quais foram administradas por ricas e influentes famílias (vidé “Carregal do Sal , no Coração da Beira”). Esta nobreza rural, alguma de grande importância a nível nacional, nomeadamente D. Nuno Martins da Silveira, senhor de Góis, e, seu filho, D. Luís da Silveira, guarda-mor dos Reis Dom Manuel I e Dom João III e 1º Conde de Sortelha, entre outros, foram os principais responsáveis, a par da Igreja, pela grande quantidade e diversidade do património arquitectónico existente. Dentre esse numeroso e diversificado património arquitectónico, que inclui a arquitectura religiosa, destacam-se, pela quantidade e qualidade estética, os seus imponentes solares e casas solarengas distribuídos pelas freguesias do Concelho, principalmente em Oliveira do Conde, Cabanas de Viriato, Alvarelhos e Oliveirinha, entre outros.

Currelos era o nome do primitivo concelho, do qual foram donatários os Condes de Vila Nova de Portimão, passando mais tarde a denominar-se Carregal do Sal.
Este primitivo núcleo terá tido a sua origem aquando do domínio romano.

No século XV, D. João I doou estas terras a Fernão Gomes de Góis, camareiro-mor, o senhorio de Oliveira do Conde – por serviços prestados à coroa. O cavaleiro tem o túmulo na igreja da freguesia, sendo este considerado um dos mais notáveis monumentos funerários do país pelos motivos escultóricos que o adornam, constituindo o ex libris do concelho.
A reforma de 1836 chamou-lhe somente Carregal, com sede no lugar e freguesia de Currelos, onde se mantém.

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Em Cabanas de Viriato subsistem ruínas de velhas casas solarengas e uma delas terá sido muito provavelmente o berço de Viriato.
A figura de maior vulto oriundo do Concelho, é o diplomata, Aristides de Souza Mendes. ( Conheça AQUI a sua história ).

A nível do património arquitectónico, destacam-se o Solar da Cobertinha, o Pelourinho do Casal da Torre, a Casa da Fidalga ou Solar de Alvarelhos, revestido de heras verdes, com portão brasonado e arruamentos ajardinados, que data do século XVIII, e a Igreja Matriz de Oliveira do Conde, já existente no século XII, que possui abside gótica e abóbada artesoada, e onde se encontra o referido túmulo de Fernão Gomes de Góis.

Mas o grande atrativo aqui em Carregal do Sal é mesmo o vinho!

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Quinta de Cabriz

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Quinta do Ribeiro Santo – Magnum Carlos Lucas Vinhos

Quinta do Cerrado

Quinta do Cerrado

   Quinta das Marias – Peter Viktor Eckert

A história da zona é muito grande para ser contada em meia dúzia de linhas. O melhor mesmo é a sua visita para descobrir mais!