Francisco “Vito” Olazabal, o Senhor do Vale Meão
Adeus, Vito: partiu o Senhor Vale Meão
Em plena vindima de 2025, quando os bagos ganham cor e o Douro respira futuro, partiu Francisco Jaime Olazabal, no passado dia 30 de Setembro, mais conhecido como Vito faleceu. Tinha 87 anos. Partiu no tempo certo, como os vinhos que soube criar e esperar.
Um nome que se confunde com o Douro
Falar de Francisco Olazabal é falar da Quinta do Vale Meão, é falar de Barca Velha, é falar de vinho com maiúscula. Jurista de formação, vinhateiro de vocação, transformou o legado da sua família num dos ícones da vitivinicultura portuguesa.
Da linhagem ao legado
Neto de Dona Antónia Ferreira, a lendária Ferreirinha, soube preservar a tradição sem perder a modernidade. Vito foi mais do que herdeiro foi visionário. Criou o seu próprio vinho, o seu próprio caminho, e com ele, uma referência: o Vale Meão.
Francisco “Vito” Olazabal, o Senhor do Vale Meão
A vinha como extensão do pensamento
Francisco Olazabal foi daqueles homens que não falavam alto, mas diziam muito. Preferia o silêncio das vinhas ao ruído dos títulos. Acreditava que um bom vinho era feito com tempo, intuição e respeito. E isso refletia-se em cada garrafa que levava o seu selo.
Partiu em setembro: simbólico até ao fim
Vito partiu em plena vindima e há nisso algo de profundamente poético. Como se o Douro, em colheita, também colhesse a memória de um dos seus maiores intérpretes. Como se a uva lhe rendesse homenagem no próprio ato de amadurecer.
O legado continua
A família Olazabal, os enólogos que formou, os vinhos que inspirou, não deixarão que a sua história se apague. Ao contrário: cada brinde com um Meandro ou um Vale Meão será, de agora em diante, também um brinde a ele.
O vinho é eterno porque há homens como Vito
Há pessoas que não precisam de estátuas. O Douro inteiro é a sua homenagem. Francisco Olazabal foi um homem do vinho, para o vinho e com o vinho. E é assim que o lembramos: em cada garrafa que conte uma história, em cada vindima que se faça com paixão.
Quinta do Vale Meão – soto (c) Site www.quintadovalemeao.pt
