Charles Baudelaire – A Alma do Vinho (poema)
A alma do vinho assim cantava nas garrafas: “Homem, ó deserdado amigo, eu te compus, Nesta prisão de vidro e lacre em que me abafas, Um cântico em que há só fraternidade e luz! Bem sei quanto custa, na colina incendiada, De causticante sol, de suor e de labor, Para fazer minha alma e engendrar minha vida; Mas eu não hei de ser ingrato e corruptor, Porque eu sinto um…