Resumo Histórico

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A História é a substância da sociedade
(Agnes Heller)
A História de uma civilização, de um país, de um povo ou de uma região, faz-se através da junção de vestígios e fontes históricas qualquer que seja o seu género. O que importa, é que tudo é fruto da acção humana.

A História deste concelho, que nasceu em Ansiães e que no século XVIII passou para Carrazeda, foi sendo escrita através de construções, instrumentos e actos valorosos de heróis que viram o seu nome imortalizado ou de simples anónimos que deram a vida pelas causas que eram as do seu país.

Sempre as gentes deste concelho souberam dizer “presente” nas épocas mais marcantes da História de Portugal.

 Reescrevê-la, é ter de nela incluir a acção daqueles que nunca viraram as costas a guerras ou a conquistas, que souberam defender causas, que mostraram ser leais e, por isso, receberam a sua recompensa sob a forma de privilégios régios.


Aqui se inicia aquilo que se poderia designar por História de um Ilustre Povo Transmontano.


O território actualmente ocupado pelo concelho de Carrazeda de Ansiães começou a entrar nos Anais da História, quase ao mesmo tempo que a Humanidade dava os seus primeiros passos.

De facto, os vestígios mais antigos que aqui se encontram datam da Pré-História, do período do Neolítico: as antas de Zedes e de Vilarinho da Castanheira.

Este tipo de monumento enquadra-se no fenómeno do megalitismo, destinando-se a servir de local de enterramento para os membros das comunidades agro-pastoris.

A primeira, insere-se nos monumentos de corredor incipiente ou pouco desenvolvido, tendo, ainda, a particularidade de nos seus esteios haver pinturas rupestres, constituídas por combinações circulares e espiralóides.

 Neste mesmo dólmen, foram encontrados um micrólito triangular e um pequeno bordo de cerâmica com linhas onduladas.

Também Vilarinho da Castanheira oferece a possibilidade de se provar ser esta região eleita por aquelas comunidades para prestarem homenagem aos seus mortos, sepultando-os em tão imponentes monumentos junto de objectos de culto, como é o caso de um machado ordosiano.

De resto, este tipo de construção megalítica destaca-se na paisagem, por se implantar na zona planáltica do concelho, como que se os seus construtores estivessem interessados em deste modo lhes dar a relevância que qualquer acto fúnebre requer.


Ainda do período pré-histórico podemos admirar as Pinturas Rupestres do Cachão da Rapa, sobranceiras ao rio Douro, compostas por um conjunto pictórico que se assemelha a um axadrezado onde predominam as tonalidades vermelho escuro e azul.

Entre esse emaranhado ainda é possível distinguir alguns traços antropomórficos, fazendo lembrar rostos humanos estilizados.

Pelo facto de aqui se terem encontrado outros vestígios arqueológicos, nomeadamente, lascas informes de quartzo, fragmentos de xisto metamórfico, calhaus rolados e um machado, parece haver indícios de ter sido um local de culto.

Existe também outro tipo de manifestação de arte rupestre como é o caso das numerosas fragas das ferraduras, espalhadas por todo o concelho.

Trata-se de afloramentos líticos que têm gravado vários símbolos, predominando os de forma de arco, círculo, e semi-círculo.


O período do Calcolítico, Idade do Bronze e Idade do Ferro também marcaram presença neste concelho, bastando, para tal, recorrer à toponímia de várias localidades – Castro, Lapa, Serro, Castelo Fontoura…- , indiciando a existência de povoados daquelas épocas, os quais eram certamente de tipo roqueiro, como forma de aproveitar as condições naturais fornecidas pelas formações geológicas.


E, este território, continuou a mostrar-se como aprazível para os povos vindouros.

Seguiram-se os Romanos que também deixaram as marcas da sua presença de forma indelével.

A esse nível destaca-se a existência da villa romana na Quinta da Srª da Ribeira (Tralhariz), onde foram encontrados vestígios de uma construção, quiçá, sumptuosa, a crer nos materiais de construção nela utilizados: mosaicos policrómicos (opus vermiculatum), capitéis, bases, fustes e estuques com relevo.


Nesta época, Ansiães era cidade e recebia a designação de Aquas Quintianas.


Ainda do período da Romanização ficaram três aras votivas, as vias e as estradas.

Das aras, uma é dedicada a Tutelae Tiriensi – (protectora da localidade) outra a Bandu Vordeaeco – pertencente ao culto da Lusitânia – (Seixo de Ansiães) e outra dedicada a Júpiter – Optimum Máximo (deus supremo) (Pombal).

São também visíveis vestígios de troços de vias romanas que parecem indicar a existência de um traçado que seria um desvio da via romana que ligava Braga a Chaves.

A estas vias juntam-se algumas pontes como é o caso da Ponte das Olgas (Pereiros), Ponte do Torno (Amedo).


O domínio romano chegou ao fim com a vinda dos povos Bárbaros, tendo sido os Suevos os que se fixaram na zona de influência deste território, estando, administrativamente, então, incluído no Pagus Auneco e, inclusive, será esta a divisão que acabará por dar origem à zona de influência da vila amuralhada de Ansiães.

 O domínio dos povos berberes vacilou perante a chegada dos Árabes à Península Ibérica em 711.

Assim, aproveitando os antigos territórios das dioceses godas, o referido Pagus deu lugar ao Valiato de Alfândica.

Desta época resta alguma toponímia – Reimoira, Mourinha, Pala da Moura, Mourãozinho…- os sistemas de rega e algumas espécies vegetais e arbóreas.

 Foi, precisamente, a chegada dos Árabes que levou a que os cristãos que não se quiseram subjugar ao seu poder se refugiassem nas Astúrias de onde partiu o movimento da Reconquista Cristã. Ora, foi nesta época que a vila de Ansiães se começou a destacar pela sua importância estratégica.

Tratava-se de uma vila amuralhada que importava preservar como posto avançado para obrigar os infiéis a recuar. Por isso, no século XI (1055/1065), o rei leonês Fernando Magno lhe outorgou Carta de Foral, onde se lhe fixavam as fronteiras: Ansinanen per littore Dorio de cabez de requeixo usque in fraga do azaim et per portela de mauro usque in cima valle de torno cum suas teleiras usque in cruce de freisinel. Este Foral, anterior à nacionalidade, foi o primeiro a ser dado a terras que hoje pertencem a Portugal.
A importância de Ansiães manteve-se de modo que teve várias confirmações: D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Afonso II e, o Foral definitivo promulgado em 1510 por D. Manuel I. Essa importância não se limitava a aspectos administrativos e estratégicos como também económicos. Isto, porque Ansiães, pela sua localização e por estar bem servido de vias de comunicação – herança romana – rapidamente se transformou num porto seco, servindo como interposto comercial numa vasta área de influência. Por isso, em 16 de Abril de 1277, recebeu Carta de Feira, outorgada por D. Afonso III. Nela se estipulava que Ansiães tinha direito a realizar uma feira mensal, no meado de cada mês e com a duração de um dia. Garantia, ainda, que todos aqueles que se dirigissem a esta feira estavam seguros na ida e na volta, quer fossem vender ou comprar, três dias antes e depois da realização da feira. Estes privilégios, vêm corroborar a ideia do apoio dado pelos monarcas às feiras, como maneira de promover o comércio interno, as relações interpessoais e o enriquecimento do erário régio. Por isso, também garantia que não houvesse penhoras por dívidas aos que fossem à feira, bem como havia pesados castigos e tributos para quem espoliasse ou ofendesse feirantes ou compradores.
Ansiães é formada por uma dupla muralha, sendo a interior destinada a aspectos administrativos e militares, estando a área residencial e de convívio social localizada na área protegida pela muralha externa. Nesta, localizam-se quatro portas sendo apenas a de S. Francisco, virada a Nordeste, a que tam somente dá serventia de carro, e de cavallo à Vila. A ligação entre as duas áreas é feita através da porta de S. Salvador. Virado a Noroeste encontra-se um pequeno postigo designado como Postigo da Traição, da qual existe a tradição de ser por onde se escapara o rey ou Governador das Mouros que o (castelo) presidiam e senhoriavão (…) que de assalto lhe foi dado pelos Christãos.
Nesta época, os principais centros administrativos eram Ansiães, Vilarinho da Castanheira e Linhares, nas quais estavam as paróquias de S. Salvador, S. João, Santa Maria e S. Miguel. A 23 de Maio de 1320, uma Bula de Avinhão do papa João XXII concedeu a D. Dinis, por um período de três anos para subsídio de guerra, a décima de todas as rendas eclesiásticas dos seus reinos, sabendo-se que as paróquias atrás referidas foram taxadas em algumas centenas de libras, o que prova a sua riqueza patrimonial.
Cada uma destas paróquias, estava adstrita a uma igreja, da qual, pelas suas características arquitectónicas, se destaca a de S. Salvador, localizada no interior das muralhas de Ansiães, datada do século XIII. Esta Igreja, de estilo românico, destaca-se pelo eruditismo e profusão decorativa do tímpano do portal frontal. Neste está representado Cristo em majestade – Pentacrator -, rodeado pelos quatro evangelistas – tetramorfo. Seguem-se quatro arquivoltas que assentam em outros tantos capitéis nos quais está representado os motivos do tradicional bestiário medieval: leões agarrando um animal, dragão de duas cabeças com cauda bífida, aves digladiando-se. Nas arquivoltas encontram-se figuras humanas, cabeças de felinos e outros animais, figuras burlescas e figuras que representam o apostulado.
O granito, riqueza natural deste concelho e consagrado nesta construção também serviu para materializar o poder régio, aposto nos diversos pelourinhos atribuídos a várias localidades deste concelho, verdadeiros monumentos históricos e artísticos. Em primeiro lugar destacamos o pelourinho de Ansiães, o mais antigo, do séc. XV. Nele estão esculpidas as armas reais e tem em hum dos 4 coadros em um delles tem hua torre com duas portas e em outro hum castello com sua porta, e nela hum amam com hua chave e em outro hum velho venerando com os braços meios levantados (…). Do século XVII é o pelourinho de Linhares e, do século XVIII o de Carrazeda de Ansiães, erigido quando esta passou a substituir Ansiães como sede de concelho.
A preponderância de Ansiães, encontra-se também aquando do Interregno da morte de D. Fernando (1383/1385), altura em que as suas gentes se posicionaram a favor do Mestre de Avis, enquanto Vilarinho da Castanheira apoiava D. Beatriz. A contenda foi resolvida na batalha de Valdrange (1384), da qual saíram vencedoras as hostes lideradas por Vasco Pires Sampaio, senhor de Ansiães. Este apoio foi recompensado por D. João I através de vários privilégios que concedeu a esta vila. Quando assumiu o trono, fez questão de se deslocar pelas localidades que lhe tinham sido fiéis, sabendo-se que no dia 23 de Outubro de 1396 esteve em Linhares, onde assinou um documento régio.
Diogo de Sampaio, donatário de Ansiães, fez-se acompanhar de 14 escudeiros e dezenas de peões para apoiar D. Afonso V na batalha de Toro (1476), quando este reclamava o trono de Castela. Este apoio valeu-lhe o título de Alcaide-mor de Ansiães.
Esta lealdade que lhe valeu o epíteto de Anciães leal ao Reyno de Portugal, veio uma vez mais ao de cima, quando os homens de Ansiães não temeram apoiar D. Sebastião no seu sonho de política de conquista do Norte de África. Por isso, ousaram acompanhá-lo na Batalha de Alcácer Quibir (1578), onde tombariam juntamente com o jovem monarca. Este episódio estaria na origem do início do declínio demográfico de Ansiães e acelerado o seu fim como centro político, administrativo e económico. Esta fatídica batalha acabou por ter outra consequência: a perda da independência. Mais uma vez as gentes de Ansiães vão colocar-se ao lado dos interesses do país, o que equivalia apoiar D. António Prior do Crato. Por isso, não é de estranhar que teimassem em resistir às demandas de Filipe II o qual se viu obrigado a dirigir algumas cartas às gentes de Ansiães em que lhe(s) pedia com cariçias e promessas de mercês, lhe emtregassem a terra e castello (Badajoz, 1580).
Durante a Guerra da Sucessão de Espanha (1704/1715), Portugal uniu-se à Inglaterra, Holanda e Império Austríaco, contra Filipe V, na qual pereceram dezenas de militares naturais de várias aldeias pertencentes a Ansiães.
Esta seria talvez a derradeira intervenção de Ansiães como vila pois em 1734 acabaria por ver transferido para Carrazeda todo o poder que detinha, a qual viria a acrescentar o “sobrenome” de Ansiães – Carrazeda de Ansiães – de modo que nunca se perderam as origens deste concelho.
Chegava ao fim uma longa etapa de protagonismo em que Ansiães foi escrevendo a sua história a par com a do Reino de Leão, Condado Portucalense e, finalmente com a de Portugal. Durante séculos contribuiu para o desenlace de batalhas, serviu de berço aos conquistadores do Norte de África – Diogo de Sampaio e Ruy Martins – a D. Frei Gonçalo de Moraes Mesquita, bispo do Porto, D, Manuel de Sousa, arcebispo primaz de Goa e a D. Lopo Vaz de Sampaio, 8º governador da Índia, cujos feitos foram tão sublimes que foram imortalizados por Luís de Camões n’ Os Lusíadas, no Canto X:
Mas, contudo, não nego que Sampaio
Será, no esforço, ilustre e assinalado,
Mostrando-se no mar um fero raio,
Que de inimigos mil será coalhado
(…)
As Invasões Francesas, apesar de não terem passado por este concelho, não deixaram de ter más consequências em termos humanos e económicos. Primeiro, porque alguns soldados oriundos do então recente concelho de Carrazeda de Ansiães, acabariam por perecer em diversas contendas. Por outro lado, as suas gentes não foram poupadas para darem o seu contributo para fazer face aos gastos com o exército luso-britânico.
A Revolução Liberal de 1820, também trouxe apelos aos carrazedenses, porque sobre às suas gentes foram lançadas derramas para se adquirirem mantimentos para as hostes liberais de D. Pedro sediadas no Porto. Este apoio foi meio caminho andado para, em reunião da Câmara, jurarem a Constituição de 1822.
No dia 7 de Outubro de 1910, ficou exarado na acta da reunião de Câmara: (o presidente) Saudou o Governo, as tropas e o povo de Lisboa pela victoria alcançada para a Implantação da República Portugueza e faz votos para que ela tenha um futuro de paz e ordem.
Com a Iª Guerra Mundial, o concelho ficou mais pobre pois nela acabariam por falecer vários soldados em Moçambique que integravam o Regimento da Infantaria 30.
Já o Golpe Militar de 28 de Maio de 1926 foi acolhido com resistência tendo sido constituída como resposta ao regime ditatorial do Estado Novo a Comissão da Aliança Republicana Socialista do concelho de Carrazeda de Ansiães.
Em 1974, deu-se a Revolução Democrática e, mais uma vez Carrazeda de Ansiães soube estar à altura de uma nova fase da política nacional. Esta posição encontra-se na acta de reunião de Câmara de 9 de Maio: (…) a Câmara deliberou, por unanimidade, deixar expresso em acta da reunião de hoje o seu apoio ao Movimento das Forças Armadas e manifestação de inteira confiança na actuação da Junta de Salvação Nacional, com inteira concordância do programa apresentado.
De Ansiães a Carrazeda de Ansiães, um périplo marcado por actos valorosos, por pessoas que se imortalizaram pelos seus feitos. Um concelho, um povo, uma grande herança do passado legada aos vindouros que terão sempre motivo para se orgulharem desta terra, que tem paisagem natural que é património mundial e património histórico integrado nos monumentos nacionais.
Geografia do Território

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O concelho de Carrazeda de Ansiães situa-se na margem direita do rio Douro e na esquerda do seu afluente, rio Tua.

Na margem direita do Douro faz fronteira com o concelho de Torre de Moncorvo, no sítio da Cadima, que divide a freguesia de Vilarinho da Castanheira (para a direcção da Foz) da freguesia de Lousa, em sentido contrário, e já de Moncorvo.

A confluência do rio Tua no Douro é o ângulo sul terminal do concelho, na aldeia de Foz Tua que ainda lhe pertence.

Aqueles rios são duas fronteiras naturais que separam Carrazeda de Ansiães respectivamente dos concelhos de Alijó / Murça/ e ainda Mirandela, e do concelho de S. João da Pesqueira.


Desta forma podemos definir os seus limites territoriais: a Norte – Murça/Mirandela. A Nordeste – Vila Flor. A Sul – rio Douro. A Este – Torre de Moncorvo e a Oeste – Rio Tua.

Carrazeda de Ansiães pertence ao distrito de Bragança, em relação ao qual fica para o extremo sul, fazendo fronteira com o distrito de Vila Real para ocidente e com o de Viseu já para sul, na outra margem do Douro, e insere-se na região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Por isso mesmo é uma terra “de contrastes bem marcados na paisagem, nas formas de viver; nas actividades humanas e no imaginário colectivo”.

Com efeito, Carrazeda de Ansiães tem uma grande parte da sua área territorial integrada no Alto Douro, caracterizada por vales encaixados no Douro e no Tua, encostas declivosas onde a vinha é predominante e produz muito vinho do Porto de elevada qualidade. Ali se misturam as oliveiras, as amendoeiras, figueiras e até algumas matas principalmente de sobreiros. Mas também pêssegos, trigo, chicharros, pêras, mel, gado ovino e pinheiros, zimbros e freixos. É a Zona Quente do Douro onde o xisto é dominante.

Para a área onde se situa a Vila, o chamado Planalto de Carrazeda, que se estende até ao concelho de Vila Flor e ao de Moncorvo, e que é a continuação da Meseta Ibérica, é rodeada por montanhas que rondam os 900 metros de altitude, como é o caso das Serras da Reborosa, da Fonte Longa, da Senhora da Assunção de Vilarinho da Castanheira ou da Senhora da Graça ali perto de Carrazeda. O clima torna-se mais frio com neve frequente no Inverno e chuvas abundantes.

Aqui é uma zona onde as produções de cereais principalmente o centeio, de batata, de feijão, de milho, da maçã, da castanha, são dominantes, embora também haja muitas matas de pinheiros, carvalhos, negrilhos, sobreiros e soutos de castanheiros. O Vinho também é abundante, mas não tão maduro, com grão de bico, nabos, fenos, pastagens, gado bovino, suíno, caprino e ovino. É a Terra Fria Transmontana onde o granito predomina e se impôs ao xisto, onde montes rochosos, elevados e pouco produtivos abrigam boas terras de cultivo em apertados vales ou pequenos planaltos.

Podemos considerar três partes distintas para distribuir as suas aldeias, embora, claro está, por vezes haja algumas que têm os seus termos a englobar outra das partes em que aqui a colocamos. É o caso de Seixo de Ansiães ou Vilarinho da Castanheira, que, embora as povoações se situem em zonas planálticas e montanhosas, têm grande parte dos seus terrenos virados para o rio Douro. São elas:

Da encosta do Tua – Brunheda, Castanheiro, Codeçais, Felgueira, Fiolhal, Foz Tua, Paradela, Pereiros, Pinhal do Norte, Pombal, Sentrilha e Tralhariz.

Do Planalto – Amedo, Alganhafres, Areias, Carrazeda de Ansiães, Belver, Fontelonga, Lavandeira, Luzelos, Marzagão, Mogo de Ansiães, Mogo de Malta, Misquel, Parambos, Pena Fria, Samorinha, S. Pedro, Seixo de Ansiães, Selores, Venda Nova e Zedes.

Da encosta do Douro – Beira Grande, Campelos, Carrapatosa, Coleja, Linhares, Pinhal do Douro, Ribalonga e Vilarinho da Castanheira.
O concelho de Carrazeda de Ansiães tem uma área de 281,8 km², e é atravessado por ribeiros que vão desaguar ao Tua/Douro, e que, por vezes, descem abruptamente fragosos declives como os de Vilarinho da Castanheira e Pinhal do Douro caindo para o termo de Seixo de Ansiães.
 FONTE: CM Carrazeda de Ansiães