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Moura é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo, com cerca de 8 419 habitantes.2
É sede de um município com 957,73 km² de área e 15 167 habitantes (2011) , subdividido em 8 freguesias.

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O município é limitado a nordeste pelo município de Mourão, a leste por Barrancos, a leste e sul pela Espanha, a sudoeste por Serpa, a oeste pela Vidigueira e a noroeste por Portel e por Reguengos de Monsaraz.

O concelho de Moura é constituído por 8 freguesias:
Amareleja
Póvoa de São Miguel
Safara
Santo Agostinho
Santo Aleixo da Restauração
Santo Amador
São João Baptista
Sobral da Adiça

Durante a ocupação romana da Península Ibérica, chamar-se-ia Arucci ou Nova Civitas Aruccitana. As invasões muçulmanas renomearam-na para Al-Manijah. A designação actual de Moura surge ligada à Lenda da Moura Salúquia.

 

Foi conquistada pela primeira vez em 1166 pelos irmãos D. Pedro e D. Álvaro Rodrigues e perdida quase de seguida. Foi, ainda em 1166, conquistada por Geraldo O Sem-Pavor, tendo depois disso e até ao reinado de D. Dinis, sido perdida e reconquistada mais quatro vezes. Só foi definitivamente conquistada em 1295 no reinado de D. Dinis.

Recebeu foral de D. Dinis em 1295. D. Manuel I concedeu-lhe foral novo em 1512. Em 1554 recebeu o título de Notável Vila de Moura, das mãos de João III de Portugal.

 

A proximidade da fronteira espanhola fez com que nas suas cercanias se edificassem postos de vigia ou atalaias, colocados em pontos elevados estratégicos, constituídos por construções troncopiramidais de altura razoável e de difícil acesso, que foram postos à prova durante a Guerra da Restauração e a Guerra da Sucessão.


Em 1707, o duque de Ossuna cercou Moura e só em 1709 é que se viu definitivamente livre do ocupante espanhol que antes de se retirar destruiu as fortificações.
Moura foi elevada a cidade por lei de 1 de Fevereiro de 1988.


Foi em Moura que viveu Tiago Moura de Portugal, uma personagem importantíssima na história da cidade visto que liderou o exército que expulsou definitivamente os espanhóis aquando da sua ocupação.
Principal património edificado do concelho:
Castro da Azougada
Igreja de São João Baptista
Igreja de Santo Agostinho
Igreja de Santo Aleixo
Igreja Paroquial de Safara
Igreja de São Francisco e Convento de São Francisco
Ponte romana sobre o rio Brenhas
Castelo de Moura (inclui o Convento das freiras Dominicanas e o edifício da Antiga Câmara Municipal (Moura))
Edifício dos Quartéis de Moura
Igreja de São Pedro (actualmente Museu Municipal de Arte Sacra de Moura)
Convento do Carmo
Mouraria
Pedra das Antas e Anta das Pedras Tanchadas (galerias dolménicas na Herdade da Negrita)
Atalaia Magra
Lagar de Varas de Fojo
Igreja de Nossa Senhora da Estrela
Outeiro dos Castelos
Convento da Tomina

A Moura é outorgada uma feira anual  desde o dia de Santa Maria de Agosto, até quinze dias completos, por carta régia datada de 19 de Maio de 1302. Quase todas as feiras se realizavam em épocas de festividades religiosas, sinónimo de grande afluência de peregrinos (muitas vezes também eles mercadores), como no caso da feira de Moura. No local em que se realizavam existia uma paz especial: a paz de feira, que proibia toda a disputa ou vingança, ou todo o acto de hostilidade, sob penas severas em caso de transgressão. Actualmente realizada em data distinta da inicial, também o local da sua realização difere, primitivamente localizada na actual Praça Sacadura Cabral, realiza-se agora em terrenos propositadamente comprados para esse fim.
Entre os privilégios que mais favoreceram o desenvolvimento das feiras cumpre mencionar o que insentava os feirantes do pagamento de direitos fiscais, a chamada feira franca.
As feiras desempenharam um papel especialmente importante na progressão do aumento populacional, uma vez que locais com feira instituída constituíam autênticos pólos de atracção populacional, e contribuíam simultaneamente para o incremento do comércio e movimento mercantil, intimamente ligados á prosperidade económica. Existe ainda outro factor a ter em conta, e que se prende com a criação de feiras em zonas de fronteira  (como é o caso de Moura), demonstrando que o reforço populacional dessas zonas era importante não só por razões económicas, como por questões de defesa do território, funcionando em muitos casos simultaneamente como um incentivo para o “repovoamento” de terras bastante fustigadas pela reconquista.