“Nova colheita”

O vinho tem destas coisas. Une o desavindo, reúne o disperso e pacifica o controverso espirito humano. Capitaliza o profano mas sobretudo é universal. O vinho é o intérprete do mundo real. Fruto da agricultura e da cultura, do génio e da sabedoria, nasce e dá-se em qualquer parte. O vinho é arte. Sinonimo de alegria sem nunca se cumprir no simples ato de beber.

O vinho vive-se e com ele também se aprende a viver.

Nas próximas semanas iremos viajar pelo universo vinícola. Esquecemos a técnica, a ciência e o rigor da produção. Vamos sentir a pulsação na arte de saborear um copo de vinho. Sem olhar a clichés mas com os olhos no amor de quem o produz, na humildade de quem o partilha e o dá a conhecer.

Juntos vamos desvendar o lado de lá do vinho. Do Algarve ao Minho, atravessando o litoral e através do interior. Abordaremos a paixão, dedicação e especialmente este amor.

Sem mordaças, preconceitos ou censura. Sem Dionisio ou loucuras de Baco para incomodar. Sem deuses menores a explicar aquilo que só a nossa alma sente. Subjetiva e consequente sensação.

O vinho corre no imaginário, celebra o Kidush e a Eucaristia. Oferece-se como relicário do segredo da humanidade. Porque o vinho celebra o hoje, o futuro e a saudade.

Fica o convite: vamos viajar?

#tristaodeandrade