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PATROCÍNIOS

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Tomar, cidade de 20 000 habitantes, é a capital política da Comunidade Urbana do Médio Tejo e sede de concelho homónimo com 11 freguesias, 352 kms e 40 677 habitantes.

MAPA DO CONCELHO DE TOMAR

MAPA DO CONCELHO DE TOMAR – Ampliável

Foi sede das Ordens Militares do Templo e de Cristo.

Com mais de 30 mil anos de fixação humana neste território, Tomar foi fundada por D. Gualdim Pais em 1160.
Sede das Ordens do Templo e de Cristo, teve no Infante D. Henrique um dos responsáveis pelo seu crescimento.

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Castelo de Tomar

A fixação humana deveu-se ao excelente clima, água abundante, fácil comunicação fluvial e excelentes solos. Das sucessivas marcas civilizacionais pré-históricas restam utensílios, grutas, antas, povoados, algumas lápides, moedas, poucas esculturas, peças utilitárias, a lenda de Santa Iria, a toponímia, as rodas de rega e os açudes de estacaria.

CASTELO DE TOMAR

Os romanos fundaram a cidade de Sellium, ou Seilium, cuja planta ortogonal decorre da perpendicularidade dos característicos eixos cardus e decumanus que determinavam a organização urbanística das cidades romanas. Para além das ruínas do Forum de Sellium, as escavações efectuadas (cerca de 1980) na zona da actual Alameda 1 de Março deram conta de vestígios das habitações da época.

CASTELO DE TOMAR

Pelos meados do século VII, aqui houve conventos de freiras e frades, datando dessa época o episódio visigótico e lendário do martírio de Santa Iria.

Convento de Cristo

Convento de Cristo

Quanto aos árabes (após 712) pouco se sabe, mas imagina-se muito, como a sensitiva origem do nome Tomar: “Tamaramá”, doces águas.

CONVENTO DE CRISTO

Thomar nasce com o castelo (1 de Março de 1160), cuja construção, pela Ordem dos Templários, bem como a da Vila de Baixo, se prolongou por 44 anos.

CONVENTO DE CRISTO

No século XIV, com a permanência do Infante D. Henrique enquanto Administrador da Ordem de Cristo, a Vila beneficia de grande desenvolvimento, sendo urbanizada a zona da Várzea Pequena em arrojada organização ortogonal, correndo em paralelo à Corredoura e perpendicularmente ao rio. D. Manuel I concede Foral Novo em 1510 e, nesse século, os arquitectos e pintores Domingos Vieira Serrão, João de Castilho, Olivier de Gand, Fernando Muñoz, Diogo de Arruda, Gregório Lopes, João de Ruão e Diogo de Torralva tornaram Tomar um importante centro artístico.

Planta do Convento de Cristo

Planta do Convento de Cristo

CONVENTO DE CRISTO

No período da dominação filipina, os reis espanhóis investem em Tomar: obras do Claustro Principal do Convento e Aqueduto dos Pegões, bem como a criação da ainda existente Feira de Santa Iria.

FESTA DOS TABULEIROS

Entre os meados do século XVII e finais do século XIX, verifica-se grande desenvolvimento industrial: Fábrica de Balas do Prado, de Vidros da Matrena, Chapéus e de Fiação e Tecidos e diversas fábricas de papel.

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Mais tarde, na sequência da visita da Rainha D. Maria II, Tomar foi elevada à categoria de Cidade em 1844, a primeira do Distrito de Santarém. Silva Magalhães, primeiro fotógrafo tomarense, abriu em 1862 a “Typographia & Photographia”, deixando fabulosa colecção de vistas, retratos e trajes, profissões e cenas da vida diária; o Cinema surgiu seis anos após a sua invenção (17.11.1901), no Teatro Nabantino, que daria lugar, em 1923, a novo edifício: o Cine-Teatro Paraíso; a Imprensa nasceu em 1879 com o semanário “A Emancipação”, dirigido por Angelina Vidal; e em 1901, após Lisboa, Porto, Elvas e Vila Real, Tomar foi servida com energia eléctrica a partir da Central instalada no complexo dos antigos Moinhos da Vila.

Manuel Mendes Godinho foi nome incontornável no crescimento económico de Tomar do século XX, já que, após 1912, veio a criar um núcleo industrial (moagem, cerâmicas, alimentos para gado, extracção de óleos e “Platex”) de tal importância que atravessou o século e possibilitou a criação de uma Casa Bancária.

Igreja de Santa Maria dos Olivais

Igreja de Santa Maria dos Olivais

Nos anos 50 (21.01.1951), foi inaugurada a que seria a maior barragem hidroeléctrica do País nas cinco décadas seguintes: a Barragem do Castelo do Bode. Ainda em 1950, João dos Santos Simões renovou a Festa dos Tabuleiros dando-lhe notável projecção nacional e internacional.
O século XX espelhou a intensa acção cultural que aqui sempre se viveu: logo com a criação da União dos Amigos da Ordem de Cristo, em 1918, e, mais tarde, a Comissão de Iniciativa e Turismo, duas instituições para a protecção e divulgação do Património.

Gualdim Pais

Gualdim Pais

Em 1983, a UNESCO reconheceu o conjunto Castelo Templário-Convento de Cristo como Património Mundial e no início dos anos 90 deram-se os primeiros passos para a recuperação e consolidação do Centro Histórico. No século XXI, Tomar conta com algumas instituições culturais nascidas ainda no século XIX, casos das bandas Gualdim Pais, Nabantina e Payalvense. Já no século XXI, a reabertura do Cine-Teatro Paraíso, o Museu de Arte Contemporânea e um grande complexo desportivo aquático, reforçam a vocação sócio-cultural de Tomar.

O plano da cidade medieval organiza-se em cruz com os quatro braços apontando os quatro pontos cardeais marcados pelos quatro conventos da cidade. O centro, onde se situam a Câmara Municipal e a Igreja Matriz, é a Praça da República, a partir da qual irradiam os principais edifícios públicos e religiosos: a sul, a Sinagoga, o antigo Hospital da Misericórdia,o Convento de S. Francisco e o antigo Rossio da Vila; a norte, a sede da Assembleia Municipal, as capelas de S. Gregório e da Senhora da Piedade e o antigo Convento da Anunciada; a oeste, a colina do Castelo, a Ermida da Senhora da Conceição e o Convento de Cristo; a leste, a Ponte, as antigas Moagens e Moinhos da Vila, o Convento de Santa Iria, a saída para a Igreja de Santa Maria do Olival e zona escolar da cidade, com o Instituto Politécnico a rematar. Perseguindo esta geometria simbólica, é interessante constatar que, com centro na igreja manuelina, à Praça da República, se gera a circunferência que une a Charola do Convento (oratório templário) aos
Conventos da Anunciada, de Santa Iria e de S. Francisco. Eis, assim, o círculo, qual espaço sagrado!, dentro do qual se desenvolveu Tomar.