Adega do Moinho Branco, apartado 6, 7961-909 Vidigueira, Portugal

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Vamos debruçar-nos na região da Vidigueira. Uma região particular e única em todo o Alentejo.

No Alentejo, na época romana, a cultura da vinha era uma realidade.

Há referências de Políbio à cultura da videira, na parte meridional da Lusitânia, nos meados do séc. II A.C.

As grainhas de uvas encontradas, na zona dos lagares ou lagaretas do vinho, nas escavações da “Villa” romana de S. Cucufate (Vila de Frades – Vidigueira) séc. I a séc. IV confirmam a importância que a vinha e o vinho tinham na região.

Ao tempo de D. João II, séc. XV, era frequente a aquisição de vinhos alentejanos por comerciantes bretões. No séc. XVI, não eram raras as partidas de galeões carregados de vinho desta região, com destino ao oriente.

Nesta altura, Vidigueira e Vila de Frades eram senhorio do Conde da Vidigueira, Almirante Vasco da Gama a qual se pagavam vários foros pelas vinhas.

Um cronista do séc. XVII mencionava Vila de Frades e Alvito, como algumas localidades alentejanas onde se produziam os melhores vinhos.

No séc. XIX Vidigueira, Vila de Frades, Cuba e Alvito faziam já parte da 7ª Região vinícola do país.

Hoje, os vinhos do Alentejo e, particularmente, os vinhos de castas brancas da sub-região vitivinícola da Vidigueira têm uma qualidade que os coloca no topo da lista dos vinhos mais famosos e apreciados no mercado nacional e internacional.

Fiquei sinceramente impressionado com a estrutura de vinhos produzidos e comercializados pela Empresa que teve a ousadia de se virar para um portefólio maioritário  de brancos, aproveitando as características únicas proporcionadas pelos terrenos na região da Vidigueira.

A assinatura do Engº Paulo Laureano fala por si. Um profundo conhecedor do terroir do Alentejo.

E assim, saído do Espaço da Viniportugal onde provei alguma coisa, fiquei positivamente surpreendido por duas provas:

Gostei bastante do Pato Frio Antão Vaz. Tem uma boa frescura, significado duma acidez correta, prova de boca frutos tropicais como manga, abacaxi, etc. Boa escolha no Gemelli em pratos de “pasta” italiana com mariscos, peixes e para o público em geral a acompanhar uma tábua de mariscos. Surpreendeu. O Barrancôa Tinto é um vinho cheio de elegância bem ao estilo do Engº Paulo Laureano. Bem marcado pelo Alicante Bouschet. Vinho com notas de chocolate, alguns frutos madeiros, nota-se maturação correta das uvas que contribuiram para o excelente néctar que se provou. Ótimo para acompanhar uma carne de caça! Tenho além disso que tirar o chapéu ao facto de apostar em vinhos brancos! E com o verão que se atravessa, até apetece.

 

 

 

Eis a descrição da enviada pela própria Empresa bem como da Herdade onde se produzem estes néctares. Agradeço o prazer que me proporcionaram quer com as provas dos vinhos quer com o vasto material enviado que me permitiu elaborar este artigo.

Ribafreixo (Empresa)

A Ribafreixo- Sociedade Agrícola, Lda nasceu da determinação de dois homens que viram nos terrenos da “ Adega do Moinho Branco”, perto da vila alentejana da Vidigueira, região DOC com condições ideais para a produção de vinhos brancos de elevada qualidade, o lugar indicado ao nascimento de um projecto de excepção.

Mário Faria Pinheiro, e Nuno Silva Bicó, aliaram-se, em Setembro de 2007, para, a partir daí, iniciarem um investimento estruturado com a ambição de concretizar o conceito de “boutique winery” neste município situado no norte do distrito de Beja.

A Adega do Moinho Branco é o local onde, com recurso à conjugação de tecnologia e de sabedoria, se labora arduamente para fazer vinhos brancos de superior elegância destinados, essencialmente, aos mais exigentes mercados internacionais.

Foi, por isso, comprado um conjunto de parcelas contíguas de terreno, na freguesia de Vidigueira, a fim de constituir a extensão necessária para garantir a viabilidade económica do projecto.

Em simultâneo ao negócio vitivinícola, a empresa decidiu abraçar igualmente a comercialização de azeite virgem extra, da mais alta qualidade, exclusivamente nos mercados internacionais.

Este é, em paralelo com o vinho branco, outro dos produtos com uma forte tradição na região de Vidigueira, como, aliás, acontece em todo o Alentejo.

 

Herdade Moinho Branco

Cada lugar tem as suas particularidades.

Mas a determinação de com ele realizar algo importante aliada ao necessário saber fazer conferem a essa terra características únicas.

A vontade molda o território. Ao ponto de o reinventar. Sabendo isso, a Ribafreixo – Sociedade Agrícola, Lda tem vindo a desenhar, desde Setembro de 2007, a Herdade do Moinho Branco, às portas da vila da Vidigueira.

Os seus 120 hectares resultam da soma de um conjunto de parcelas de terrenos agrícolas abandonados, consequência do contínuo despovoamento da região e da redução da rentabilidade agrícola.

A designação Moinho Branco conserva o nome pelo qual era conhecido junto da população o edifício onde – aproveitando a existência de uma ribeira -, noutros tempos, ela se deslocava para fazer a moagem dos cereais por si produzidos.

O moinho ainda lá está. A intervenção dos novos proprietários está a transformar, entretanto, em terras férteis de 95 hectares de vinha, o que antes era um horizonte de aridez.

Um trabalho árduo, resultante da vontade de ali produzir vinhos de grande qualidade para os vender no mercado externo. Mais concretamente, vinhos brancos.

A Herdade do Moinho Branco tem, por isso, uma prevalência de encepamentos de castas brancas.

Eles representam 75% do total, numa propriedade localizada mesmo junto à estrada nacional IP2 que liga Évora a Beja, no coração da Região Demarcada de Vidigueira, um território predominantemente de vinhos brancos.

Importa sublinhar que a Vidigueira sempre foi conhecida pela qualidade dos seus brancos. Uma especificidade conseguida graças à proximidade da Serra do Mendro a norte, a qual cria um microclima nesta região e nesta propriedade, conferindo-lhe a maior frescura ali sentida.

Aquela elevação natural condiciona e ameniza as temperaturas especialmente altas sentidas nos verões do Baixo Alentejo, contribuindo ainda para uma precipitação mais elevada.

Esse é que funciona como o grande elemento diferenciador da Vidigueira.

Mas a rega não deixa de ser imprescindível na vitalidade das castas brancas.

Na herdade, predomina a casta Antão Vaz, seguida pela Roupeiro, havendo ainda encepamentos de Perrum, Rabo de Ovelha, Alicante Branco, Arinto e Alvarinho.

A área remanescente acolhe castas tintas, com predominância da Touriga Nacional, do Alfrocheiro, do Alicante Bouschet e do Tempranilho.

A escolha dessas castas mais não  é, então, do que deixar a terra expressar as suas características, aproveitando o que ela tem de melhor. No fundo, trata-se de a deixar falar. E ela aqui prefere os brancos. Tanto que, na Herdade do Moinho Branco, se decidiu conservar e recuperar 20 hectares de vinhas velhas brancas, todas com mais de 35 anos.

A decisão de quais as vinhas destinadas para recuperação teve como princípio o estado das mesmas, mas também se deu grande importância em só manter as que continham as castas seleccionadas aquando do planeamento estratégico da futura Herdade. Depois, há todo o trabalho e a sabedoria que fazem sobressair as suas qualidades. A vontade da Ribafreixo – Sociedade Agrícola em concretizar algo realmente importante começou por se expressar através do emparcelamento dos tais talhões dispersos. Um trabalho fundamental e estruturante, pois contraria outra das características desta sub-região:

a exiguidade das explorações agrárias. Só essa operação permitiu a transformação de um conjunto de terras anteriormente abandonadas – de formação geológica xistosa e com uma exposição solar orientada a nascente – numa exploração agrícola com as dimensões necessárias para ser economicamente viável. Investiu-se, por exemplo, na construção de vastos sistemas de rega e drenagem das terras e num apoio agrícola constituído por armazéns, oficina, escritórios, apoio para os empregados da lavoura e casa para o encarregado. Em breve estará também em funcionamento a adega da herdade.

Para se conseguirem obter vinhos brancos equilibrados e com a indispensável frescura,

é necessário, pois, contrariar os efeitos do verão quente, que para os vinhos tintos se revela simpático. Assim, foi preciso converter toda uma área de sequeiro em zona de regadio, alimentada pelo sistema de rega da barragem do Alqueva, através do bloco Alvito/Pisão. Ao mesmo tempo, tornou-se necessário construir um sistema de drenagem do terreno para compensar a falta de inclinação de determinadas parcelas, situação que pode provocar problemas de excesso de humidade durante os períodos de chuva intensa. Os 95 hectares de vinha total foram plantados por fases: 20 hectares em 2009, 33 hectares em 2010, 7,5 hectares em 2011 e em 2012/2013 previstos mais 22 hectares. Nos encepamentos já vindimados, existem  cerca de 12,5 hectares de vinhas com mais de 35 anos, as quais foram recuperadas após um criterioso processo selectivo. Cada lugar tem as suas particularidades, sim, mas é preciso trabalhá-las.

Vinho (História)

Os vinhos nascidos à sombra dos 407 metros de altitude da Serra do Mendro, nos terrenos da Herdade do Moinho Branco, são predominantemente brancos. Aproveitando a maior frescura relativa da sub-região da Vidigueira, quando comparada com a muito quente região do Alentejo – território onde predomina a produção de vinhos tintos -, acreditamos nas imensas potencialidades deste território para fazer vinhos brancos de classe mundial. É nossa convicção que, não só estamos a participar no ressurgimento de uma zona talhada para a produção desse género de vinhos, como damos resposta à demanda internacional por brancos de excepção. A procura destes vinhos está a crescer, acompanhando as mudanças nos gostos, relacionadas com preocupações com a saúde, novas formas de estar e de viver a comida. Os mercados sofisticados e conhecedores querem vinhos mais leves, com menor teor alcoólico e de açúcar.

A ideia é ter refeições mais ligeiras, e menos calóricas, acompanhadas de um bom vinho. Papel que ninguém desempenha melhor que um branco. Sobretudo, daqueles que não sejam feitos a partir das castas Chardonnay e Sauvignon Blanc. Ou seja, pedem-se vinhos brancos, diferentes, que fujam à normalização global do gosto e apresentem o que de melhor tem para oferecer a região e as suas especificidades. A casta Antão Vaz é aquela que melhor se dá na Vidigueira, de onde será originária. Pelo que ela é a escolha natural na Adega do Moinho Branco, onde ocupa uma parte significativa da nossa vinha. A complementar o cumprimento dessa vocação endógena, apostamos na plantação de 11 hectares da casta Alvarinho, oriunda da região dos Vinhos Verdes. Plantamo-la nas zonas de várzea, junto à ribeira que corre pela propriedade, e por isso mais húmidas e frescas. Uma experiência arrojada, é certo, e que esperamos venha a conquistar os apreciadores. Mas esta não deixa de ser uma região que, tendo características mediterrânicas, se caracteriza por verões de clima continental. Ou seja, muito quentes e secos.

A primeira vindima aconteceu em Agosto de 2009. Foi realizada manualmente, com todo

o cuidado, para que as uvas colhidas resultassem num vinho de topo, feito pela sabedoria de Paulo Laureano. O nosso enólogo é um dos nomes maiores do mundo do vinho em Portugal, com especial destaque pelo trabalho feito ao longo dos anos no Alentejo, de onde é natural. Aliás, a adega em que desenvolve o seu projecto pessoal é vizinha da Adega do Moinho Branco e é nela que os nossos vinhos Pato Frio são vinificados – enquanto a nossa adega própria não estiver finalizada. Consultor de diversos projectos, Paulo Laureano ajudou a subir a fasquia qualitativa dos vinhos desta região e é, sobretudo, um acérrimo defensor das castas portuguesas. Princípio que, como é natural, se segue escrupulosamente na Adega do Moinho Branco. As experiências iniciais ditaram o enorme potencial da casta Antão Vaz. Mas também de Rabo de Ovelha, Perrum e Roupeiro, que virão a ser plantadas em novas extensões.

Consequência desses encepamentos, actualmente, a Adega do Moinho Branco produz e comercializa duas referências de vinho, ambas brancas e sem recurso a estágio em madeira.

Foram lançados em Maio de 2012 dois novos vinhos brancos, um Pato Frio “Grande Colheita” sendo uma monocasta DOC a casta “Antão Vaz” é envelhecido em madeira, tal como o monocasta Verdelho Gáudio , sem que haja , porém, intervenção de qualquer madeira no processo de vinificação.

Em Setembro de 2012 a Adega do moinho Branco irá lançar também a tão aguardada referência tinta -Gáudio Clássico

Sol Portugal

A Herdade do Moinho Branco vende azeite de qualidade Virgem Extra através da sua marca SOL Portugal, só  e exclusivamente produzida e engarrafada pela Cooperativa Agrícola da Vidigueira (CAV). A marca SOL Portugal é o rótulo exclusivo para todo o azeite de exportação da Cooperativa Agrícola de Vidigueira (CAV). Este produto alimentar de categoria superior, obtido directamente de azeitonas e que resulta unicamente de processos mecânicos, destina-se apenas à exportação. Trata-se de canalizar para alguns dos mais exigentes mercados internacionais um azeite que é superiormente produzido por uma entidade certificada (HACCP, ISO 22000:2005 BRC  e Kosher) e que dá seguimento a uma tradição secular identificável em todo o arco do Mediterrâneo. O azeite aqui feito resulta da peculiar conjugação das condições climáticas, mediterrânicas com traços de continentalidade durante o período estival, e dos solos ricos em cálcio e potássio, criando o ambiente ideal para o desenvolvimento das oliveiras que enchem a paisagem. Especialmente aquelas em que frutificam as azeitonas da variedade Galega Vulgar, as mais comuns e que melhor expressam a sua vitalidade nestas terras planas. O azeite representa, por si só, toda uma cultura e um modo de ser das pessoas desta região.

Ele encontra-se profundamente mesclado com os hábitos locais, do trabalho à alimentação.

O azeite de Vidigueira, que está  inserido na Denominação de Origem Protegida (DOP) do Alentejo Interior, granjeia, há muito, a admiração pela sua qualidade ímpar e grau de pureza. Ainda existem, de resto, diversos lagares tradicionais no município, preservando ancestrais processos de fabricação do azeite. A marca SOL Portugal mantém intactas as qualidades daí resultantes, mas leva-as a todo o mundo, após um processo produtivo em que têm papel determinante as novas tecnologias. São elas que asseguram um melhor controlo de qualidade. Num mundo que começa a degustar do azeite vendido em toda a parte, em que as qualidades organolépticas se perderam em nome da quantidade e da uniformização, a marca SOL Portugal oferece o melhor que existe em termos de azeite. O mercado nacional, por seu turno, é da total exclusividade da CAV, usando a marca própria “Relíquia da Vidigueira”.

A SOL Portugal é vendida em três referências distintas. São elas a de Azeite Virgem Extra; a de Azeite Virgem Extra DOP (Denominação de Origem Protegida) do Alentejo Interior; e a de Azeite Virgem Extra Monovarietal Gourmet Galega. Estes produtos são também vendidos com a certificação Kosher para a comunidade judaica, através da Badatz Igud Rabbonim, KIR. Sediada na cidade inglesa de Manchester e chefiada pelo Rabi Osher Yaakov Westheim, esta é uma das maiores entidades certificadoras Kosher a nível mundial.

FONTE: Ribafreixo, Lda