brasao cidade seia

Seia é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, Região Centro e subregião da Serra da Estrela, com cerca de 5 702 habitantes.  É a maior cidade da subregião da Serra da Estrela e segunda maior cidade do Distrito da Guarda, pertence à grande área metropolitana de Viseu e fica sensivelmente equidistante entre as cidades da Guarda e Viseu. É neste concelho que se situa o ponto mais elevado de Portugal Continental e o segundo ponto mais alto de todo o país, apenas atrás da Montanha do Pico, nos Açores.

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É sede de um município com 435,92 km² de área e 28 145 habitantes (2001), subdividido em 29 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Nelas e Mangualde, a nordeste por Gouveia, a leste por Manteigas, a sueste pela Covilhã, a sudoeste por Arganil e a oeste por Oliveira do Hospital. Neste município está localizado o ponto mais alto de Portugal continental, a Torre, na Serra da Estrela, com 1.993 metros de altitude. O concelho de Seia abrange uma grande parte da Serra da Estrela e é também o único de Portugal onde existe uma estância de esqui natural, a Estância de Esqui Vodafone, localizada dentro dos limites da freguesia de Loriga.

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Dista 98 Km de Coimbra, 67 Km da Guarda e 45 Km de Viseu. É servida principalmente pela Nacional 17 e Nacional 231, que permitem uma ligação à A25, A24 e IP3.

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O clima do concelho é temperado, com temperaturas moderadas no Verão e frio no Inverno, com temperaturas muito baixas e ocorrências de neve, por vezes abundantes, nas partes mais elevadas da Serra da Estrela. Quanto ao regime de precipitações, há uma pequena estação seca, que compreende os meses de Verão de Julho e Agosto.

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História

Oppidum Sena, antiga cidade de Sena, hoje Seia, foi fundada há cerca de 2400 anos, pelos Túrdulos. O rei godo Wamba, que iniciou o seu reinado em 672, fixou os limites da diocese de Egitânia até aos domínios da então cidade de Sena.

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A cidade de Sena, que durante muito tempo foi dominada pelos Árabes, foi definitivamente reconquistada por D. Fernando Magno, em 1055, tendo mandado edificar o seu castelo. A crónica do monge Silas relata a violência do ataque e como os Godos puseram em fuga desordenada os ocupantes da Oppidum Sena (cidade de Sena) em direcção à Oppidum Visense (cidade de Viseu).

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Salientando a importância de Seia, já D. Teresa, no foral de Talavares, se referia à então cidade nos seguintes termos: “D. Tarasia regnante in Portucale, Colimbria, Viseu et Sena […]”. (Trad.: D. Teresa, que reina em Portugal, Coimbra, Viseu e Seia (…))

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Em 1132, o rei D. Afonso Henriques fez doação de Seia ao seu valido João Viegas por reconhecimento dos serviços prestados. Em 1136, Seia tem o seu primeiro foral, dado pelo mesmo monarca, que a designa por Civitatem Senam (cidade de Seia). Outros forais se seguiram como o de D. Afonso II, em Dezembro de 1217, o de D. Duarte, em Dezembro de 1433, o de D. Afonso V, em Agosto de 1479, e, finalmente, o de D. Manuel I, em 1 de Junho de 1510.

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Em 1571, no reinado de D. Sebastião, foi fundada a Misericórdia de Seia.

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Nos momentos decisivos da História de Portugal, Seia esteve sempre presente. Na Revolução de 1640, Seia tomou parte activa, tendo os seus habitantes mandado forjar a espada que D. Mariana de Lencastre, viúva de D. Luís da Silva, 2°- alcaide-mor de Seia, entregou aos seus filhos na vigília de sexta-feira para Sábado, 12 de Dezembro.

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Foi em Seia que se realizou o último comício republicano antes da implantação da República em 1910. Este comício teve lugar no dia 25 de Setembro e foi presidido por Afonso Costa.

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O Castelo de Seia

Sentinela na vertente Oeste da serra da Estrela, actualmente desaparecido, erguia-se no local onde é actualmente a Igreja de Santa Maria. Permanece vivo, entretanto, no brasão de armas da cidade, onde duas torres, uma de maiores dimensões, arrematada por outra menor, representam a importância histórico-militar do castelo

Antecedentes

A primitiva ocupação humana do local da actual Seia remonta à época pré-romana, quando da fundação de uma povoação pelos Túrdulos, por volta do século IV a.C., denominada como Senna. Posteriormente fortificada pelos romanos, passou a se designar como Oppidum Senna. Foi posteriormente ocupada por Visigodos e por Muçulmanos, este últimos a partir do século VIII.

O castelo medieval

À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a povoação foi definitivamente conquistada aos mouros por Fernando Magno (1055), que determinou edificar (ou reedificar) a sua fortificação.

À época da formação da nacionalidade portuguesa, Bermudo Peres, cunhado de D. Teresa, iniciou uma revolta no Castelo de Seia. Não teve sucesso, uma vez que o infante D. Afonso Henriques (1112-1185), tendo disto tido conhecimento, foi ao encontro dele com as suas forças e expulsou-o do castelo (1131) (Crónica dos Godos, Era de 1169). D. Afonso Henriques, no ano seguinte, fez a doação dos domínios de Seia e seu castelo ao seu valido João Viegas em reconhecimento por serviços prestados (1132). Poucos anos mais tarde, o soberano passou o primeiro foral à povoação em 1136, designando-a por Civitatem Senam.

Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), recebeu do soberano o Foral Novo (1510). Posteriormente, na segunda metade do século XVI, foi Alcaide-mor do Castelo de Seia o fidalgo Diogo de Barbuda.

A partir de então não são identificadas referências adicionais a este castelo, anterior à nacionalidade.

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FONTE: C.M. SEIA e Wikipedia