logo1Adega Cooperativa de Cantanhede, C.R.L.
Rua Eng. Amaro da Costa, Nº117
Apartado 4 – 3064-909 Cantanhede
Bairrada – Portugal

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Loja
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Horário de abertura: de 2ª à 6ª feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30

Cantanhede-Mapa

A ADEGA

2finalA constituição da Adega Cooperativa de Cantanhede acontece no ano de 1954, fruto da vontade de um grupo de viticultores empenhado em criar condições para valorizar e rentabilizar o elevado potencial que já então reconheciam aos vinhos produzidos no terroir de Cantanhede. Neste concelho, onde a viticultura remonta ao tempo dos romanos, encontramos a principal mancha vitícola da Região Demarcada da Bairrada.

3finalActualmente com cerca de 1400 viticultores associados, representando uma área total de vinha de 2000 Ha, esta adega é o maior produtor da região, representado 25 a 30% da produção.
A sua dimensão e consequente responsabilidade que assume no contexto da região demarcada onde se insere, desde cedo exigiu que o caminho a seguir fosse o de valorizar as castas características da região, 4finalapostando na produção de vinhos com maior qualidade. Inicialmente comercializados exclusivamente a granel, após apenas 9 anos depois da sua fundação e contra todas as correntes do sector cooperativo de então, esta adega inicia, pioneiramente, a venda dos seus vinhos engarrafados procurando uma alternativa para a diferenciação dos vinhos de Cantanhede.
5finalA estratégia adoptada não demorou a dar frutos. Hoje esta adega certifica mais de metade da sua produção com a Denominação de Origem Bairrada, assumindo uma destacada liderança neste segmento e, mais recentemente também nos Vinhos Regional Beiras.
Hoje a sua política produtiva assenta num pressuposto basilar que passa por uma forte aposta nas castas portuguesas, particularmente da Bairrada, sua defesa, promoção e AC CANTANHEDEdivulgação. Neste contexto merecem especial destaque a casta tinta Baga e as castas brancas, Bical e Maria Gomes, com base nas quais se tem vindo a produzir novos estilos de vinho, resultado não só das caracterísiticas sui generis dessas castas, mas também de um esforço permanente na modernização dos processos de vinificação. Acredita-se que desta forma se proporciona ao cliente final uma nova oportunidade de escolha pela diferenciação.
Se a modernização dos processos de vinificação constitui preocupação permanente, paralelamente o mesmo acontece com o acompanhamento desde a Vinha até à Adega. Neste contexto aparecem, de entre as suas congéneres, MMcomo uma das primeiras a constituir um Gabinete de Apoio ao Associado, para Produção em Protecção Integrada, que se assume como um sistema de produção que valoriza o Respeito e Não Agressão ao ambiente. Hoje está em curso a evolução para a Produção Integrada, visando alcançar um cada vez maior conhecimento e controlo da qualidade em todas as etapas do processo produtivo da Vinha à Garrafa. Resultado também desta preocupação é a parceria estratégica estabelecida com o BIOCANT (empresa com sede em Cantanhede, vocacionada para a investigação científica na área da Biotecnologia) ao nível da I&D, com a qual ESPUMANTESse visa alcançar um mais profundo conhecimento do genoma das principais castas, das principais enfermidades que habitualmente as afectam e de eventuais soluções para a sua mais eficaz protecção, perspectivando sempre a sua valorização e distinção, bem como o assegurar de uma eficaz protecção da sua identidade e individualidade.
A consolidação da filosofia que norteia o processo produtivo e a estratégia implementada para a levar à prática culmina, mais recentemente, com a obtenção da Certificação de Qualidade pela NP EN ISO 9001:2000 e a implementação do HACCP.
ESPECIAISO mercado externo representa hoje cerca de 20% do volume de negócios, estando os produtos presentes nos mais exigentes mercados mundiais, com especial destaque para a Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Suiça e Canadá entre muitos outros. Ainda ao nível do Mercado externo merece referência a constituição em 2003 da empresa Beiras Alimentar, em Moçambique, visando criar naquela antiga colónia portuguesa uma plataforma que permita trabalhar de forma mais directa os países da África lusófona.
Ao nível do mercado interno, assumem posição de destaque as grandes Cadeias de Distribuição Alimentar, BEIRASo Canal HORECA e o Comércio Tradicional. O acompanhamento destes dois últimos mercados,  é da responsabilidade das Caves Conde de Cantanhede, empresa criada em 1994 por iniciativa desta adega, com o intuito de assegurar um contacto mais directo com aqueles mercados.

Localização

A Adega Cooperativa de Cantanhede encontra-se situada na Cidade de Cantanhede, terra de vinhas e grandes vinhos, onde se localiza a principal mancha vitícola da Região Demarcada da Bairrada. Por se encontrar, no “triângulo geográfico”, delimitado pelas mapa_bairradacidades de Coimbra, Figueira da Foz e Aveiro, Cantanhede é privilegiada pela proximidade de Serra e Mar (Serras do Bussaco, Caramulo e Lousã) e pelos extensos e belos areais – praias, da Figueira da Foz  (Praia da Claridade), Tocha (palheiros) e Praia de Mira. O potencial atractivo desta beleza natural e a influência cultural da sempre notável Coimbra (Lusa-Atenas), conferem à região fortes pontos de interesse turístico.

História da Bairrada

As vinhas da Bairrada, com origem no período das legiões romanas estacionadas na região, mostram a secularidade dos nossos vinhos. Particularmente, na região de Cantanhede há registo que a cultura da vinha remonta aos primórdios da nacionalidade. O seu micro-clima Atlântico-Mediterrânico e a proximidade do mar aliados aos solos argilo-calcários contribuíram desde sempre para o seu frutuoso desenvolvimento nesta região.
Documentos dos Séculos X e XI, referem a cultura da vinha na região de Cantanhede, tendo, neste âmbito, o “Livro Preto” da Sé de Coimbra inscrito, que, a 23 de Março de 1094, Pedro Anes e mulher fizeram testamento da sua propriedade a favor da Sé de Coimbra. D. Afonso Henriques, fundador da nacionalidade, autorizava o plantio da vinha na região desde que lhe fosse dada a quarta parte do vinho ali produzido. No reinado de D. Manuel, Rei de Portugal, todos os forais que se referem às povoações da Bairrada, fazem referências aos seus vinhedos. Duarte Nunes de Leão, em 1599, fala da qualidade dos vinhos de Cantanhede.
A história da Bairrada sofreu ao longo dos séculos transformações que a foram tornando conhecida e por vezes protegida pelo grande potencial que oferecia. Em meados do Século XIX instala-se na região a primeira Escola Técnica de Vitivinicultura, época em que também é iniciada a produção de Vinho Espumante. Desde então, a Bairrada mudou profundamente.
Com a evolução dos tempos, a região procurou desenvolver e aperfeiçoar as suas próprias Castas, que têm permitido produzir Vinhos com um carácter muito próprio, reconhecendo-se hoje que esta política constitui uma clara vantagem competitiva.

Carta Viticola da Bairrada, reportada ao ano de 1866 da Autoria de António Augusto Aguiar.   (Reproduzido da Enciclopédia dos Vinhos de Portugal – ” OS VINHOS DA BAIRRADA ” dos autores Mário  Saraiva Pinto – António Fevereiro Chambel -Homem-Cardoso – faz parte da colecção pessoal do Sr. Luis Ferreira da Costa)

O CONCELHO

brasaoQuem visita o Concelho de Cantanhede é confrontado com  um vasto leque de experiências no contacto com uma natureza estimulante pela sua riqueza e diversidade ou na convivência com uma realidade sócio-cultural unificada em torno das referências e dos valores patrimoniais que consubstanciam as vivências peculiares das três regiões naturais que constituem o território: a Gândara, espraiada sobre o mar; a Bairrada, no interior, onde as estações do ano se contam pelo crescer da vinha; e o Baixo Mondego, a Sul, num vale contíguo às pedreiras da famosa pedra de Ançã.

cap_varzielaNa Gândara, com um horizonte entrecortado pelas nuances cromáticas da floresta e dos milheirais, é possível usufruir dos recantos bucólicos das nascentes, na Fervença ou em muitos outros locais, desfrutar do branco macio dos areais e do cheiro a maresia de praias que conservam intactas as suas tradições de arte xávega e apreciar os sabores apaladados da caldeirada, do robalo ou da sardinha assada na telha.

Pelourinho_1Na Bairrada, que tem no leitão assado a melhor iguaria da sua rica tradição gastronómica e no vinho de Cantanhede o mais precioso néctar desta região demarcada, persistem ainda as referências a um amanho cuidado das encostas solarengas que fazem parte do imaginário colectivo.

r_133CMC6No Baixo Mondego, depois da passagem pelo relevo escarpado das pedreiras, onde surgem amiúde marcas das actividades relacionadas com a extracção da pedra de Ançã tão apreciada pelos mais proeminentes escultores dos séculos XV e XVI, estende-se um vale fértil e alagadiço que integra os Campos do Mondego.

r_134Igreja2003Com uma paisagem urbana marcada por uma certa dispersão, o Concelho de Cantanhede mantém visíveis componentes características das ancestrais formas de organização social relacionadas com actividades agrícolas de outros tempos. A este nível, perduram ainda exemplos notáveis da popular casa gandaresa, verdadeiro ex libris da arquitectura tradicional portuguesa, ou das moradias solarengas, com janelas manuelinas trilobadas ou de avental recortado, escadas de tradição setecentista e portas decoradas com brasões sabiamente esculpidos.

r_135MarquesEstatuaDo ponto de vista do património edificado, há um conjunto significativo de igrejas e capelas que conservam no interior inúmeras referências dos estilos manuelino, renascentista e maneirista, também visíveis em alguns elementos das suas fachadas.

r_140Cadima4Por outro lado, os inúmeros exemplos de estatuária de grande valor artístico e histórico constituem um precioso testemunho de uma actividade escultórica praticada no Concelho desde há alguns séculos, o que não terá sido alheio ao facto de a famosa pedra de Ançã possuir características desde sempre muito apreciadas pelos escultores nacionais e internacionais.

Enquadramento Histórico

Embora não existam elementos que nos conduzam a uma data certa da fundação de Cantanhede, há alguns importantes achados arqueológicos que dão conta da presença humana no território pelo menos no Paleolítico Médio, cujo terminus ocorre por volta de 30.000 a 28.000 a.C..

Durante este período, o Homem de Neanderthal ocupou esta região e foi responsável pelos inúmeros artefactos em sílex encontrados em diversas estações arqueológicas de freguesias como Ançã, Outil e Portunhos. Esses achados, recolhidos ao longo de anos pelo arqueólogo Carlos Cruz, estão hoje em exposição no Museu da Pedra e compilados na Carta Arqueológica do Concelho de Cantanhede, recentemente editada pelo Município de Cantanhede.

O topónimo Cantanhede vem da raiz celta cant, que significa “pedra grande”, e relaciona-se com as pedreiras existentes na região. Daqui nasceu o primitivo “Cantonieti”, mencionado na documentação dos séculos XI, XII e XIII também com as grafias “Cantoniedi”, “Cantonidi” e “Cantonetu”.

As suas primeiras referências históricas remontam a 1087, data em que D. Sisnando, governador de Coimbra, a teria mandado fortificar e povoar. Segundo alguns autores, D. Afonso II terá dado foral a Cantanhede, posteriormente confirmado pelo foral outorgado por D. Manuel I, em 20 de Maio de 1514.

Foram seus donatários os Meneses, tendo sido D. Pedro de Meneses o primeiro Conde de Cantanhede, título nobiliárquico criado por D. Afonso V por carta datada de 6 de Julho de 1479. O título seria depois renovado por Filipe II, em 1618, na pessoa de seu neto e pai de D. António Luís de Meneses, 3.º Conde de Cantanhede e 1.º Marquês de Marialva, que se notabilizou nas Batalhas de Linhas de Elvas e Montes Claros e que foi um dos vultos mais importantes da Restauração de 1640.

À família dos Meneses se ficaram a dever alguns exemplares da arte do Renascimento existentes no Concelho, e a casa que perpetua a sua memória acolhe as sessões de Câmara desde 1805, embora a fixação definitiva da sede municipal da autarquia no edifício só tenha ocorrido em finais dessa centúria.

Das personalidades de vulto associadas a Cantanhede merecem ainda referência o Capitão Pedro Teixeira, conquistador da Amazónia, D. João Crisóstomo de Amorim Pessoa, prelado, distinto orador sacro e Arcebispo Primaz de Braga entre 1876 e 1883, Jaime Cortesão, médico, historiador e ensaísta, Carlos de Oliveira, escritor e poeta, António de Lima Fragoso, pianista e compositor emérito, Augusto Abelaira, escritor, e Maria Amélia de Magalhães Carneiro, pintora.

Gastronomia
Pratos Típicos

– Sopa Gandaresa; Aferventado
– Caldo Verde
– Sopa de Feijão ou à Camponesa
– Caldeirada de Peixe

caldeirada
– Robalo Assado no Forno
– Batata Assada na Areia
– Bacalhau à Lagareiro

bacalhau
– Sardinha Assada na Telha

sardinha
– Leitão à Bairrada

leitao
– Cabidela de Leitão
– Chanfana à Bairrada

chanfana
– Arroz Malandro
– Bucho
– Recheado
– Torresmos
– Sarrabulho
– Vitela Assada
– Entrecosto em Vinho d’Alhos
– Frango de Churrasco
– Galo Velho
– Açorda de Nabos

Doces

– Bolo de Ançã
– Folar da Páscoa
– Tigelada
– Arroz-doce
– Aletria
– Filhós de Abóbora
– Papas de Abóbora Menina

Fontes: AC Cantanhede e CM Cantanhede